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Perfil

Conheça o perfil de oito das vítimas do desaba­mento do edifício do Rio, que foram reconhecidas por parentes até a noite de sexta-feira:

Kelly Meneses: Auxiliar-financeira, tinha 28 anos. Integrava a turma que fazia um curso à noite em Tecnologia da Informação no sexto andar do Edifício Liberdade.

Flávio Porrozzi: Era professor de biologia e analista de sistemas. Teria chegado a entrar em contato com a namorada pelo celular após o desabamento. Morava com os pais.

Alessandra Alves de Lima: Tinha 29 anos e, no momento do desabamento, estava no 14º andar do edifício. Falava com o marido no MSN na hora da tragédia.

Celso Renato Cabral Filho: Tinha 44 anos, era administrador e torcedor fanático do Flamengo. Foi enterrado sexta-feira.

Nilson de Assunção Ferreira: Tinha 50 anos e foi enterrado sexta-feira.

Elenice Maria Consani Quedas: Era catadora de papel e tinha aproximadamente 50 anos.

Cornélio Ribeiro Lopes: Trabalhava como zelador do edifício. Tinha 73 anos e estava na função há 20. Foi enterrado sexta-feira.

Margarida Vieira Carvalho: Costureira e diarista, era a mulher de Cornélio.

Já subiu para 17 o número de mortos encontrados sob os escombros dos três edifícios que ruíram na última quarta-feira à noite no Rio de Janeiro. Destes, oito corpos foram reconhecidos. Ainda falta resgatar cinco. Após a confirmação da morte, para os que ficam restam apenas as recordações. "Lembra quando te chamei para descer e parar de trabalhar? Você disse que não, ficaria até as 20h. Por que não insisti e por que você não desceu no horário que prometeu?". O relato emocionado no Facebook de uma amiga de Celso Renato Braga Cabral Filho, 44 anos, uma das vítimas do desabamento, de­­monstra a angústia de quem, por questão de minutos, perdeu uma pessoa querida. Além de Celso, outros dez funcionários estavam na empresa TO Tecnologia Organizacional quando os edifícios foram abaixo. A maioria do grupo estava num curso, previsto para terminar às 21 horas.

Na sala que desabou estavam profissionais dedicados que tentavam conciliar a vida pessoal com a rotina na empresa. Morador do Recreio dos Ban­deirantes, Bruno Gitahy, 25 anos, formou-se no fim do ano passado no curso de Sistema de Infor­mação da Estácio. Rafael Dias Ribeiro, mestre em Sistemas e Computação pelo Instituto Mi­­litar de Engenharia (IME), foi seu professor e lembra da dedicação do aluno. "Ele iria colar grau no mês que vem. Investiu muito na sua formação, fez cursos em São Paulo. Estava noivo e até tinha adiado um pouco os planos do casamento para poder se dedicar ao aperfeiçoamento profissional", lembra o professor. Ribeiro ficou chocado quando soube da notícia: além de Bruno, ele conhecia outros dois ex-alunos que estavam na TO no momento do desabamento.

A tragédia também atingiu os sonhos de Luiz Leandro de Vas­­concellos, 40 anos. Formado em Ciência da Computação no Cen­­tro Universitário Bennett, ele mora em Laranjeiras, é casado e tem três filhos, de 7, 12 e 15 anos. "É um pai maravilhoso. Os filhos estão chorando querendo que ele volte para casa. Meia hora an­­tes do desabamento, o Luiz chegou a falar com a mulher", conta o irmão Luiz Cesar de Vascon­cellos.

Em suas páginas pessoais no Facebook, boa parte dos funcionários da TO trocou a foto do perfil por um símbolo de luto. O símbolo passou a ser usado também por parentes e amigos dos mortos e desaparecidos. Foi ainda pela internet que uma mensagem no Facebook da filha de Kelly Meneses, Catharina, emocionou a quem leu as palavras: "Mãe, não morre, fica comigo! Te amo do fundo do meu coração."

A TO está na berlinda desde o desabamento: a empresa é dona das salas onde eram realizadas as obras suspeitas de comprometerem a estrutura do prédio de 20 andares.

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