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Reportagem veiculada no programa Fantástico, ontem à noite, mostra um vídeo que flagra o momento em que um comerciante de uma loja de autopeças faz um pagamento em dinheiro a um investigador da Polícia Civil do Paraná. O policial é um dos 20 agentes públicos que teriam utilizado a estrutura da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) em Curitiba para formar uma rede de corrupção. Todos eles – 4 delegados e 16 policiais civis – foram denunciados à Justiça pelo Grupo Especial de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), após as investigações feitas dentro da Operação Vortex.

Tanto o comerciante como o policial negaram que o pagamento fosse uma propina. Os dois alegaram à reportagem do Fantástico que o pagamento era referente a convites de um baile de formatura. Entretanto, a data da festa teria ocorrido em fevereiro de 2010, e o vídeo é de dezembro de 2011. Em nota enviada ao Fantástico, a Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que não são tolerados desvios de conduta, e que todas as falhas serão apuradas.

Segundo o Gaeco, o grupo teria cobrado propina de donos de lojas de peças automotivas usadas para não prendê-los ou para não vistoriar os estabelecimentos. As suspeitas sobre a atuação dos delegados e dos policiais vieram à tona no começo de abril deste ano, quando o Gaeco e a Corregedoria da Polícia Civil cumpriram 18 mandados judiciais de busca e apreensão, em Curitiba e na Região Metropolitana. Na ocasião, dois delegados e um policial foram presos em flagrante, por porte de armas sem registro. Com um dos detidos foram apreendidos US$ 98 mil, além de munição de uso restrito. Os denunciados negam participação no esquema.

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