• Carregando...

Funcionários da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba flagraram na manhã desta quarta-feira (23), em uma escola particular de educação infantil, no bairro Uberaba, cerca de 20 crianças entre dois e três anos amarradas às cadeiras por um lençol. O nome e o endereço do estabelecimento não foram divulgados pela prefeitura, Vigilância Sanitária nem pelo Conselho Tutelar até as 18h40 desta quarta-feira.

Via assessoria de imprensa, a Vigilância Sanitária informa que fez registros em vídeo da situação e acionou imediatamente o Conselho Tutelar. A prefeitura explica que os fiscais faziam uma inspeção de rotina.

Segundo a conselheira tutelar Maria Terezinha Giovanella, só a diretora do estabelecimento e a cozinheira trabalhavam no local quando o órgão chegou. "Ela disse que fez isso para não se machucarem", explicou a conselheira.

De acordo com Maria Terezinha, a diretora alegou que ia sair por dez minutos para comprar um cartão de telefone. A linha telefônica do estabelecimento estaria com problemas técnicos. "Vamos tomar todas as medidas necessárias. Não há argumento algum para a atitude que a creche tomou", disse a conselheira.

O Conselho Tutelar ligou para todos os pais, que já buscaram os filhos. Maria Terezinha informou que as crianças não estavam machucadas. "Agora vamos à busca de vagas para essas crianças [em outras creches]", frisa. Os pais, segundo relatou o Conselho, pagam R$ 550 por mês para manter os filhos na creche e não quiseram se pronunciar sobre o ocorrido.

Investigação

Procurada pela reportagem, a delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) Sabrina Alexandrino informou que ainda não recebeu qualquer informação sobre o que foi constatado na creche. Ela diz que é importante que os pais e responsáveis pelas crianças compareçam ao Nucria para prestar queixa e, dessa forma, uma investigação possa ser aberta sobre o caso.

A partir desta quinta-feira (24), o Conselho garantiu que irá acionar o Ministério Público do Paraná e a polícia, para que uma investigação formal possa ser instaurada.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]