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A Central de Medicamentos de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, foi interditada pela Vigilância Sanitária Estadual na tarde desta segunda-feira (16) a pedido do Ministério Público (MP). No local, que fornece medicamentos para postos de saúde e hospitais do município, foram encontrados remédios vencidos e até fezes de rato em meio ao estoque. As condições de higiene também estavam precárias e não havia locais apropriados para triagem de medicamentos.

Na próxima quinta-feira (19), a prefeitura e o MP irão assinar um termo de ajustamento de conduta. O diretor de Gestão em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Edson Alves, disse que na ocasião irá apresentar o projeto do novo imóvel que irá receber os medicamentos provisoriamente. Não houve multa à prefeitura.

Com a interdição, nenhuma caixa de remédio pode entrar nem sair da Central. O fornecimento de medicamentos à rede pública acontece uma vez por semana e, segundo Alves, a transferência para um novo espaço físico pode demorar 15 dias. A prefeitura ainda estuda onde serão guardados os novos lotes que estão sendo comprados e garante que não haverá desabastecimento de medicamentos na cidade. O promotor Fuad Faraj estabeleceu como prioridade que nenhum posto de saúde fique sem receber medicamentos no período de interdição do serviço.

As vigilâncias sanitárias municipais são responsáveis pelas vistorias nas centrais de medicamentos de cada cidade. Como a fiscalização da Vigilância Municipal de Ponta Grossa não havia levantando irregularidades e o Ministério Público tinha denúncias do mau funcionamento, foi aberta uma investigação ainda em novembro, que culminou numa inspeção da Vigilância Sanitária Estadual.

Desde o ano passado, o Conselho Federal de Farmácia do Paraná realiza inspeções em centrais de medicamentos para descobrir irregularidades, principalmente que possam oferecer riscos aos farmacêuticos. De acordo com o chefe de fiscalização, Dennis Armando Bertolini, em geral as prefeituras relegam as centrais a um segundo plano, embora a situação de Ponta Grossa seja a mais grave. Nenhum caso de interdição, segundo o Conselho, havia sido registrado até o momento.

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