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A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) estuda a criação de uma delegacia itinerante na Vila das Torres, no bairro do Prado Velho, em Curitiba. "Estabeleceremos uma operação definitiva na Vila das Torres. Esta operação compreenderá a instalação de uma delegacia de polícia, inicialmente móvel, e da presença definitiva de efetivos consistentes da nossa cavalaria", disse o governador Roberto Requião, na segunda-feira, durante a reunião semanal da Operação Mãos Limpas. A instalação da delegacia ainda está sendo planejada, segundo a assessoria de imprensa da própria Sesp.

Enquanto a iniciativa não se concretiza, a insegurança continua. Desde o dia 7 de setembro, pelo menos nove pessoas foram baleadas no local. A maioria dos casos, de acordo com a polícia, está relacionada ao tráfico de drogas.

Desde a segunda metade de agosto, não há presença efetiva do poder público no local. O módulo da Polícia Militar que funcionava ao lado de uma das entradas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR) foi abandonado e está depredado. No começo do mês, o corpo de um adolescente baleado foi encontrado ao lado do módulo. Nas incursões que faz no local, a polícia é acusada de truculência. A morte de André Santos das Neves, de 21 anos, no dia 9 deste mês, gerou protesto entre os moradores. A família diz que o rapaz foi executado pela polícia. O comando da PM afirma que ele teria trocado tiros com os policiais. O caso será investigado pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná.

Comunidade

Líderes comunitários da Vila Torres têm medo de falar com a imprensa e temem represálias. Um dos líderes, que conversou com a reportagem da Gazeta do Povo sob a condição de não ter seu nome divulgado, disse que a delegacia itinerante pode representar mais segurança. "É uma boa iniciativa. O módulo era algo mais simbólico, uma coisa para os estudantes da PUC. Para nós não adiantava nada porque os policiais ficavam sem sair dali e andar dentro da vila."

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