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A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) realizou, na manhã de ontem, uma operação policial na Vila Verde, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Cerca de150 policiais civis e militares cumpriram 13 mandados judiciais de busca e apreensão para encontrar drogas, objetos roubados e provas de crimes. No total, dez pontos foram vistoriados, 72 pessoas abordadas, uma detida e 20 veículos revistados. Um carro roubado foi encontrado no local.

A operação teve início às 6 horas. Os policiais utilizaram 55 viaturas, um helicóptero, motos-patrulha e cães farejadores. "O principal objetivo de operações como essa é diminuir os índices de criminalidade. Todas as ações são direcionadas por investigações prévias do serviço de inteligência das Polícias Civil e Militar", informa o delegado da Divisão de Narcóticos, Walter Baruffi Junior. Segundo ele, os resultados da "Operação Vila Verde", como foi batizada, foram satisfatórios.

Vários moradores saíram às ruas para acompanhar os policiais e aprovaram a ação. "No dia-a-dia, dá medo de andar por aqui. A gente quase nem sai de casa. É muito crime, meninos armados, gente matando gente e vendendo drogas", conta a dona de casa Maria Alves de Souza. "Tudo que é feito para o bem da população é bom para todos nós. Hoje nos sentimos seguros, mas e amanhã?", questiona o carpinteiro Jamil de Oliveira. A presença freqüente de policiais nas ruas, principalmente à noite, é a forte reivindicação dos moradores. "Não adianta eles virem aqui hoje e nunca mais aparecerem. É a primeira vez que vemos algo assim. É preciso que venham todos os dias, pois estamos indefesos", diz o cobrador Devanir de Oliveira.

O comandante do 13.° Batalhão da Polícia Militar (PM), major Ozires Cunha, responsável pelo patrulhamento na região, afirmou que rondas preventivas e ostensivas vão acontecer na Vila Verde, considerada uma das áreas de maior violência em Curitiba, com uma população de cerca de 5 mil pessoas. Tráfico de drogas, roubos e homicídios figuram entre as ocorrências policiais mais comuns no local. Além disso, por sua localização estratégica que dá fácil acesso à BR-116 e à BR-277, assim como para Araucária, o lugar abrigaria muitos foragidos.

Operações como a de ontem têm acontecido em várias cidades do estado, como Foz do Iguaçu e Londrina, e também em outros bairros da capital. "Seguimos os mesmos moldes dos trabalhos realizados na Vila Torres e na Vila Parolin. Primeiramente, as polícias entram em cena para cumprir os mandados, fazer as revistas pessoais e garantem que pessoas armadas, foragidas ou praticantes de atos ilícitos sejam presas e encaminhadas para a delegacia local. Em seguida, é a vez das ações de cidadania, a cargo das secretarias e outros órgãos governamentais", conclui o major.

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