Duas amostras positivas encontradas em Roraima pertencem ao genótipo 2 do vírus da dengue 4, variante que circula na Venezuela, Colômbia e América Central. Trata-se do mesmo sorotipo detectado no estado em 1982 ou seja, não houve mutação ao longo dos anos. O sequenciamento genético foi feito por pesquisadores do Laboratório Central do Estado de Roraima, da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O grupo chegou à conclusão de que o vírus entrou pela Venezuela quando comparou o resultado do sequenciamento com os dados da dengue 4 cadastrados no banco mundial de genomas. "Tudo indica que a porta de entrada para a doença foi a Venezuela, onde há presença do agente infeccioso em algumas regiões", disse o biomédico do Lacen Rodrigo Melo Maito.
A Venezuela faz fronteira com Roraima pela cidade de Pacaraima, a 250 quilômetros de Boa Vista. Ali, não há nenhuma restrição ao trânsito de pessoas. A partir de amanhã, uma equipe da Secretaria de Saúde de Roraima seguirá até a localidade para colher amostras de sangue de moradores que apresentaram sintomas da dengue nos últimos 30 dias.
O objetivo da ação, segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde Roberta Calandrini, é identificar se o sorotipo 4 circula na fronteira para verificar a dispersão do vírus, já encontrado em Boa Vista e no município de Cantá. Esse sorotipo preocupa porque a maioria da população brasileira não tem imunidade contra ele, o que aumenta o risco de uma epidemia. Os sintomas são os mesmos da dengue clássica.
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião