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Obras podem mudar a paisagem da Visconde de Guarapuava | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Obras podem mudar a paisagem da Visconde de Guarapuava| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

No bolso: Manutenção é mais cara

As vantagens da rede subterrânea são a confiabilidade do sistema e o impacto visual que a eliminação dos fios causa na paisagem urbana. Segundo a assessoria de imprensa da Copel, a rede elétrica subterrânea está a salvo de interferências climáticas, como chuva e ventos, os grandes causadores de desligamentos na rede. Por causa disso, a Copel afirma que há interesse na obra, já que a rede fica mais protegida e gera melhorias na qualidade do atendimento.

A instalação, porém, é mais cara e requer manutenção mais sofisticada. Por causa do preço, as instalações elétricas são, na sua maioria, aéreas, já que o custo se reflete na tarifa do usuário. No caso da Visconde de Guarapuava não está definido quem irá pagar a conta. O enterramento de cabos já aconteceu nas ruas Comendador Araújo e Barão do Serro Azul.

A Copel e a prefeitura de Curitiba devem se reunir nos próximos dias para tratar da proposta de uma rede subterrânea de distribuição de energia na Avenida Visconde de Guarapuava. Se­­gundo a Copel, nesse primeiro encontro o poder público precisará informar como será utilizada a parte de cima do solo da avenida. Com as informações, a empresa poderá iniciar a análise de projeto para a passagem de rede elétrica no subsolo.

O prefeito Beto Richa enviou há duas semanas à Copel a solicitação de estudos para a implantação de rede subterrânea. A proposta faz parte de um projeto de revitalização da avenida, uma das obras para a Copa de 2014. A Visconde é uma via importante para a infraestrutura do torneio, por ser uma ligação com a Rodoferroviária e por passar perto da Arena da Baixada, estádio que poderá sediar os jogos.

O objetivo é reformular a avenida do ponto de vista paisagístico e dar mais fluidez tanto ao tráfego de veículos quanto ao de pedestres. O canteiro central deve permanecer. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) afirma que ainda não tem um projeto fechado.

PAC

Em 2009, a prefeitura solicitou a inclusão da revitalização no pacote de obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mo­­bi­lidade Urbana, que teriam investimento do governo federal. O projeto apresentado foi de R$ 5,8 milhões e englobaria a construção de uma ciclovia e de novas pistas de rolamentos nos dois sentidos da via, mas não foi incluído.

"O momento que temos hoje com a Copa é favorável para dar uma série de soluções a problemas antigos", afirma o supervisor de implantação do Ippuc, Edemar Meissner.

A prefeitura conseguiu pôr no PAC a revitalização da Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), que passará a ter redes subterrâneas. O financiamento do governo federal na capital, dentro do PAC, é de R$ 444 milhões: R$ 211 milhões financiados pela prefeitura e R$ 233 milhões pelo go­­verno do estado. Além de Curitiba, outras 11 cidades-sede da Copa no Brasil receberão investimentos, que chegam a R$ 7,7 bilhões.

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