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Príncipe Akishino na Praça do Japão, em Curitiba | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Príncipe Akishino na Praça do Japão, em Curitiba| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A família real japonesa mandou representantes a Curitiba nesta sexta-feira (30). A visita marca os 120 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e o Japão. Uma placa comemorativa foi inaugurada, na Praça do Japão, pelo príncipe Akishino e sua esposa, a princesa Kiko. Ele é o filho mais novo do imperador Akihito. Além de Curitiba, o casal deve passar por Londrina, Maringá e Rolândia, no Paraná, além de São Paulo e Brasília.

De lá, os membros da família real se dirigirem ao Nikkei de Curitiba, no Uberaba, onde receberam uma homenagem. O local é a sede simbólica da comunidade japonesa na capital paranaense. A última parada da visita é no Museu Oscar Niemeyer (MON), em uma cerimônia com cerca de 400 autoridades locais e da comunidade nipônica.

COMPORTAMENTO

A presença da família real japonesa impõe uma série de rituais e exigências de distanciamento, que só podem ser quebrados por escolha de Akishino e Kiko.

1 - Jamais estenda a mão ao casal;

2 – Evite olhar diretamente nos olhos do príncipe e da princesa;

3 - É terminantemente proibido tentar tocá-los e se aproximar sem permissão deles;

4 - É vedada qualquer tentativa de chamar a atenção do casal por qualquer forma, inclusive chamando ou gritando pelos nomes;

5 – Não são permitidas selfies. Imagens próximas do casal só podem ser feitas com autorização do cerimonial e da segurança;

6 - Fotógrafos e cinegrafistas não podem fazer imagens do casal de costas, apenas pela frente;

7 - Cinegrafistas e fotógrafos estão proibidos de cruzar ou atravessar a frente dos dois e devem locomover-se com calma;

8 – O casal não pode ser chamado a posar para câmeras. Tudo o que fizerem é por escolha própria.

Leia a matéria completa.

Fonte: Jornal de Londrina.

O Brasil forma hoje a maior sociedade nikkei do mundo, fora do Japão. São cerca de 1,6 milhões de pessoas, entre imigrantes e descendentes, segundo informações da embaixada do Japão no Brasil. Desses, quase um décimo residem no Paraná. São 150 mil integrantes no estado, sendo cerca de 50 mil na região de Curitiba.

“Este ano é especialmente importante para o Paraná, porque são três datas importantes. Além dos 120 anos, faz 100 que entrou o primeiro imigrante no Paraná, e são 45 anos da irmandade entre o Paraná e a província de Hyogo”, explica Fujio Takamura, diretor de intercâmbio da Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão do Paraná (CCIBJ-PR).

Em agosto, o governador da província de Hyogo, Toshizo Ido, esteve em Curitiba para comemorações similares. A CCIBJ-PR é uma entidade que trabalha para trazer empresários e tecnologia japonesa para o Paraná. Hoje, são cerca de 20 empresas, das áreas automobilística, eletrônica, química, entre outras. Recentemente, a câmara firmou convênios com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) para firmar memorandos de entendimento com instituições japonesas de nível superior.

A visita do príncipe é organizada pela embaixada japonesa. Além do prefeito Gustavo Fruet, que esteve na comemoração na praça, o governador Beto Richa deve receber os representantes reais, na cerimônia realizada no MON.

História

A data marca o dia em que representantes dos dois países firmaram um “tratado de amizade, comércio e navegação” em Paris, na França. Foi em 5 de novembro de 1895. O tratado foi assinado com vistas a incentivar a vida dos asiáticos para o Brasil, que sofria escassez de mão de obra rural.

Descendente presta homenagem à cultura nipônicaDaniel Castellano/Gazeta do Povo

O fluxo migratório intensificou-se quase meio século depois, antes e depois da Segunda Guerra Mundial, na qual o Japão se envolveu como aliado da Alemanha e da Itália. Foi esse fluxo migratório que possibilitou ao país construir a maior sociedade nikkei do mundo.

No Paraná, os primeiros imigrantes se estabeleceram no Litoral do estado, em Paranaguá e Morrestes, e então em Curitiba. A ocupação no Norte do estado é posterior.

Antes disso, em 1803, quatro japoneses que estavam a caminho da Rússia fizeram escala em Florianópolis, então Desterro, em Santa Catarina. São considerados os primeiros japoneses a pisar em terra brasileira.

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