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Ribeirão do Pinhal – A água da chuva abriu uma cratera de pelo menos 400 metros de extensão e 10 metros de profundidade no início da semana em Ribeirão do Pinhal, no Norte Pioneiro. O enorme buraco, além de engolir postes da rede de energia elétrica e destruir os canos de distribuição de água, por pouco não atingiu as casas da Vila Rural João Generoso Sobrinho, onde vivem cerca de 18 famílias que produzem hortifrutigranjeiros. A voçoroca (desmoronamento causado pela água da chuva) chegou a invadir uma rua, interditando completamente a via devido ao risco de desabamentos. Pedestres também estão sendo alertados para evitar o caminho.

Segundo o diretor do Departamento de Obras e Serviços Públicos da prefeitura, Hélio Lopes da Silva, para evitar que a cratera aumente será necessário construir uma caixa de contenção de água na parte mais inclinada da rua e instalar manilhas para escoar a enxurrada. O combate à erosão já foi iniciado. Silva também descartou a possibilidade de os moradores serem retirados do local. "Não há mais riscos porque, com o fim da chuva, já começamos o combate", detalha.

Segundo Silva, boa parte das terras agricultáveis de Ribeirão do Pinhal é de topografia acidentada, o que facilita a abertura de voçorocas. Para ele, somente a preservação ambiental pode frear o aparecimento das erosões.

Para o geólogo Luiz Tadeu Cava, o aparecimento de voçorocas na região pode ser explicado somente depois de uma análise do local. De acordo com o profissional, tudo depende do tipo do solo, da inclinação do terreno e da intensidade das chuvas. No entanto, ele explicou que grandes erosões como a de Ribeirão do Pinhal normalmente são causadas, principalmente, pela velocidade da enxurrada, já que a voçoroca apareceu em uma rua com declive acentuado. "A água vai descendo e o buraco vai se abrindo", finaliza. Para evitar a abertura de novas crateras, o profissional sugere o manilhamento da rua para canalizar a água que desce pela rua.

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