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“É um sacrifício, mas sei que vai valer a pena. Não fosse o Prouni, jamais conseguiria estudar. Incentivo todos a dar esse passo na vida. A universidade amplia os horizontes.” Marcos Augusto Martins, estudante de Educação Física | Danuiel Castelano/Gazeta do Povo
“É um sacrifício, mas sei que vai valer a pena. Não fosse o Prouni, jamais conseguiria estudar. Incentivo todos a dar esse passo na vida. A universidade amplia os horizontes.” Marcos Augusto Martins, estudante de Educação Física| Foto: Danuiel Castelano/Gazeta do Povo

A história do acadêmico de Edu­­cação Física Marcos Augusto Martins, 29 anos, é um exemplo das dificuldades enfrentadas pelos estudantes selecionados por meio do Programa Universidade para Todos (Prouni), do governo federal. Para fazer um curso superior, Martins teve de reduzir sua renda mensal em dois terços. Antes de conseguir uma vaga na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), trabalhava como auxiliar de produção em uma indústria e recebia R$ 1,5 mil. Agora, como estagiário, ganha apenas R$ 500. O valor é insuficiente para sustentar a mulher e a enteada.

Com muito esforço e economia o casal se vira apenas com os recursos da esposa. "É um sacrifício, mas sei que vai valer a pena. Não fosse o Prouni, jamais conseguiria estudar", diz. Apesar do otimismo, ele sabe que os desafios na futura profissão serão muitos, já que as licenciaturas são pouco valorizadas. "Por isso quero fazer mestrado e seguir carreira acadêmica", aposta. Martins será a primeira pessoa da família a concluir um curso superior. "Incentivo todos a dar esse passo na vida. A universidade amplia os horizontes."

O estudante de Engenharia de Produção Renato Rodrigues Arroyo Simões, 23 anos, passou a vida tendo de fazer inúmeras provas para garantir uma boa educação. Primeiro passou por uma seleção para ser bolsista no ensino médio em um colégio particular de São José dos Campos (SP). Tentou vestibular na Universidade Estadual de Campinas e não passou. Novamente fez uma prova para conseguir estudar a custo zero em um cursinho. Teve de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para conseguir uma bolsa do Prouni. E enfim chegou à universidade. Foi selecionado para uma vaga na PUCPR.

Em Curitiba, encontrou as dificuldades que um estudante bolsista enfrenta. Todo mês o dinheiro é curto e ele só se mantém porque participa de um programa de apoio da antiga escola, de onde recebe um salário mínimo por mês. Quando ele se formar, no final de 2011, deverá pagar o que recebeu, mas sem juros. Não fosse isso, teria de trabalhar.

O Prouni é destinado a jovens de baixa renda que tenham feito o en­­sino médio em escolas públicas ou tenham ganhado bolsa de estudo em escolas particulares. Há bolsas integrais e parciais em universidades particulares de todo o Brasil. O candidato deve ter renda per capita familiar máxima de até três salários mínimos. A seleção é feita pela nota obtida do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mais informações podem ser obtidas no site http://siteprouni.mec.gov.br

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