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A oposição na Assembléia Legislativa do Paraná conseguiu impedir na terça-feira (17), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a aprovação do projeto que dá poderes ao governador Roberto Requião (PMDB) para indicar os diretores jurídico e administrativo da Paranaprevidência. A estratégia dos deputados de oposição foi apelar a discursos até esgotar o prazo de duração da reunião, que terminava às 14h30. Apesar de ter empurrado a discussão para esta quarta-feira (18), a oposição não conseguiu o que queria: o arquivamento da proposta.

Como os governistas são maioria na comissão, o parecer do relator, Valdir Rossoni (PSDB), que declarou o projeto inconstitucional, foi derrotado por 6 votos a 5. Mas os governistas teriam de aprovar a constitucionalidade do projeto para que ele continuasse a tramitar na casa. Os aliados do governador tentaram, então, aprovar um voto em separado do deputado Nereu Moura (PMDB) que defendeu a constitucionalidade do projeto. A votação só não ocorreu porque a sessão terminou antes.

No parecer de Rossoni, o deputado argumentou que o artigo 66 da Constituição Estadual reserva exclusivamente ao governador a iniciativa de propor leis sobre as "matérias de natureza administrativa", como é o caso do projeto da Paranaprevidência, que foi proposto por um deputado – no caso, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do governo.

Pelo projeto, o governo poderá indicar profissionais de fora para ocupar as diretorias jurídica e administrativo da Paranaprevidência, órgão que gerencia os recursos para pagamento de funcionários públicos estaduais aposentados. A proposta muda a atual lei de 1998, que obriga a escolha de servidores de carreira para os cargos. Para amenizar a polêmica, Romanelli incluiu uma emenda garantindo que os outros dois diretores – financeiro e previdenciário – sejam do quadro da Paranaprevidência.

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