A líder do movimento negro em Londrina, Vilma Santos de Oliveira, a Yá Mukumby, 63 anos, e outras três pessoas foram assassinadas na noite de sábado (3), no Jardim Champagnat, na zona oeste. Diego Ramos Quirino, 30 anos, foi preso em flagrante logo após os crimes, cometidos com uma faca.
Por volta das 21h30 de sábado (3), Quirino brigou com a companheira, Patrícia Amorim Dias, 19, e na sequência esfaqueou e matou a própria mãe, Ariadne Benck dos Anjos, 48 anos, que tentava retirá-la de casa após testemunhar a moça ser agredida pelo filho.
Em surto e nu, o rapaz pulou o muro da casa e atacou a família vizinha. Na residência, estavam a mãe de santo Yá Mukumby, a mãe dela, Allial de Oliveira dos Santos, 86 anos, e a neta, Olivia Santos de Oliveira, 10 anos. Todas foram mortas a facadas.
De acordo com o delegado do plantão, Willian Soares, Quirino teve um pequeno surto à tarde, quando, em Cambé, ajudava um amigo em uma mudança. "Ele começou a falar coisas desconexas e o amigo achou por bem chamar a namorada e a mãe dele. Elas foram até o local, chamaram uma ambulância e o levaram para o hospital. Lá, ele foi atendido, medicado e liberado."
O crime aconteceu depois que os três voltaram para casa, após a liberação do hospital. "Ele foi tomar banho e deve ter tido um surto maior porque saiu nu, tentando bater na companheira", disse o delegado.
No depoimento, a companheira Patrícia disse a Soares que, ao ver o sangue escorrendo do nariz após ser agredida, Quirino teria dito que "o diabo não iria mais provar desse sangue". A mãe dele interviu e acabou sendo morta.
Depois, Yá Mukumby e a neta dela foram mortas na cozinha da casa vizinha. A mãe da líder do movimento negro estava na calçada e foi morta quando pedia ajuda à vizinha. "A vizinha testemunhou todo o crime e só não foi morta também porque estava com o portão trancado e ele não conseguiu pular. Estava alucinado, matando quem aparecesse na frente dele", contou Soares.
Segundo o delegado, havia muitas estátuas religiosas quebradas na casa das vítimas, mas a polícia descarta motivação religiosa no crime.
Vítimas são veladas em Cambé e Londrina
As vítimas da tragédia ocorrida no Jardim Champagnat, na zona oeste de Londrina, na noite de sábado (3), estão sendo veladas em Londrina e em Cambé.
Yá Mukumby é velada no centro Ilê Axe Ogum Megê, na Rua Elis Regina, 23, no Jardim Ana Elisa 3, em Cambé. A mãe e a neta dela são veladas no mesmo local. As três devem ser sepultadas às 9 horas desta segunda-feira (5), no Cemitério Jardim da Saudade, em Londrina.
Já a mãe do rapaz preso em flagrante pelos homicídios é velada na Igreja Batista na Rua Serra da Tabatinga, 205, no Jardim Bandeirantes, na zona oeste de Londrina. Ela será sepultada neste domingo (4), também no Cemitério Jardim da Saudade.
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