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Após 15 horas de viagem, o urso-pardo Dingo, os tigres-de-bengala laranja Tom e Votan e outros seis animais - uma ema, quatro catetos e um aoudad, espécie de bode africano - chegaram na tarde de ontem ao Zoológico de São Paulo. Eles foram resgatados de um zoológico particular fechado em dezembro pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na pequena Salete, em Santa Catarina, distante 668 km da capital paulista.

Vai demorar um pouco para que os visitantes conheçam os novos bichos. Eles ainda vão passar por uma bateria de exames e precisam se adaptar ao novo ambiente. "Não há prazo fixo para isso. O mínimo é de 15 dias", diz o biólogo Cauê Monticelli. A previsão é de que Dingo e Tom sejam os primeiros a seguir para suas áreas de exibição.

Por conviverem em grupos, a ema, os catetos (um dos menores porcos-do-mato brasileiros) e o bode africano vão ficar em quarentena, que pode variar de 40 a 90 dias. "Precisamos saber se eles têm alguma doença e ter garantida a adaptação antes de juntá-los aos outros animais", explica o biólogo.

Já o tigre Votan vai passar por tratamento veterinário e fazer exames. Ele está abaixo do peso e abatido. "É o mais debilitado dos bichos que vieram de Salete. Pelo que soubemos, o zoológico de lá tinha algumas deficiências no manejo dos animais, como alimentação", disse Cauê.

Foram justamente os problemas de manejo, documentação e segurança dos animais que fizeram o Cattoni-tur Park Hotel Salete, onde funcionava o zoológico, ser fechado. De acordo com o Ibama de Santa Catarina, o local não atendia às condições mínimas exigidas para abrigar e expor os bichos.

Entre os exemplos mencionados pelo instituto estão "ausência de conforto térmico, áreas pequenas demais para algumas espécies, sujeira, alimentação falha, alto índice de mortalidade e desatualização dos registros dos animais".

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