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Um dos primeiros alertas de per­­da de audição, o zumbido é um problema de saúde que tende a crescer entre a população em geral. Em 15 anos, o barulho constante no ouvido, semelhante a um apito, canto de cigar­­ra ou chiado, saltou de 15% para 24% de incidência. "Se este número continuar a cres­­cer nesta proporção, em me­­nos de 30 anos ele poderá alcan­­çar 42%", alerta a médica otorrinolatingologista Tanit Ganz Sanchez, presidente do Ins­­tituto Ganz Sanchez e uma das maiores pesquisadoras do sintoma no país.

Estudos recentes realizados em diversos países no ano passado mostram como diferentes grupos de pessoas passaram a desenvolver o sintoma ao longo dos anos. Um deles, realizado nos Estados Unidos, revela que aproximadamente 50 milhões de americanos adultos sofrem de algum tipo de zumbido e 16 milhões afirmaram ter o sintoma constante nos ouvidos.

O zumbido tem diversas cau­­sas, como a exposição prolongada a ambientes ruidosos, o uso excessivo de aparelhos ele­­trônicos, aumento do estresse e erros alimentares. Pesquisas in­­dicam também que os ruídos produzidos por eletrodomésticos e ondas eletromagnéticas emitidas por telefones celulares também podem ser prejudiciais.

A falta de informação sobre o sintoma e o desconhecimento de médicos sobre a cura estimularam o lançamento da Cam­­panha Nacional de Alerta ao Zum­­bido, realizada em 2009 e 2010, com o intuito de alertar os pacientes e de preparar melhor os profissionais de saúde. "Atualmente falta apoio médico para o tratamento do zumbido. Pesquisas mostram que o habitual discurso de que o sintoma não tem cura não pode ser mais adotado", diz. O projeto passou por mais de 15 grandes cidades brasileiras, com a realização de palestras para mais de duas mil pessoas.

Até o próximo sábado, especialistas de 26 países participam do 10.º Congresso Mundial de Zumbido, em Florianópolis (SC). O evento é dirigido a profissionais de saúde ligados à área, como otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, neurologistas, psiquiatras, psicólogos, geriatras, dentistas e fisioterapeutas. As palestras e resultado dos trabalhos serão transmitidos pelo site www.its2011brazil.com.br, onde também estarão disponíveis para revisão e discussão do conteúdo pelos próximos três meses.

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