| Foto: ULA MA RQUES/ Agência PTAntonio Cruz / Agência Brasil

No século 19, Thomas Carlyle dizia que a história era nada mais do que a biografia dos “grandes homens”. Hoje, pouca gente acredita nisso, mas para contar a história de 2015 na política brasileira é preciso recorrer à história de alguns personagens. Como se verá abaixo, o que os destacou nem sempre foi a “grandeza”. Veja quem são as personalidades do ano e como elas mudaram o ano que se encerra:

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Dilma Rousseff

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A presidente seria uma personagem do ano só pelo começo do novo mandato. Mas não foi esse o motivo do “protagonismo”. Acuada pelas crises política e econômica, a petista encerra o ano em meio ao impeachment e corre o risco de ter um 2016 ainda pior que o seu 2015.

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Michel Temer

 

O vice “decorativo” do primeiro mandato ganhou importância com a discussão do impeachment. Em setembro, causou furor ao dizer que, sem popularidade, a petista não terminaria o mandato. Encerrou o ano com uma longa carta de reclamações à presidente.

Eduardo Cunha

 

O presidente da Câmara é o personagem mais simbólico de 2015. Denunciado na Lava Jato, negou à CPI da Petrobras que tivesse contas fora do país. Tem usado todo tipo de manobra para barrar a própria cassação. No auge da crise, iniciou no impeachment de Dilma.

Renan Calheiros

 
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O presidente do Senado começou o ano meio às turras com o Executivo. No decorrer do ano, “suavizou” a posição e passou a ser um dos principais esteios da presidente. Denunciado na Lava Jato, disse que aprovar o impeachment seria “botar fogo no Brasil”.

Rodrigo Janot

 

Em março, o procurador-geral da República denunciou 47 políticos ao Supremo Tribunal Federal. Em novembro, uma medida inédita: pediu a prisão de um senador no exercício do mandato. O STF acatou e Delcídio Amaral (PT-MS) acabou preso.

Sergio Moro

 

O “juiz da Lava Jato” continuou rápido no gatilho: só em 2015 assinou 57 condenações, somando 680 anos de cadeia. Além disso, autorizou novas fases da investigação e acordos de delação premiada. Ao todo, o juiz cuida hoje de 38 ações em primeira instância.

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Beto Richa

 

Terminou o ano passado em alta, reeleito em primeiro turno. Já em dezembro de 2014, porém, aumentou IPVA, ICMS e passou a cobrar contribuição de inativos. O ajuste fiscal incendiou a política local. Acaba o ano marcado pela batalha do dia 29 de abril.

Gleisi Hoffmann

 

A senadora petista ascendia desde 2010. Chegou à Casa Civil e se cacifou para disputar o governo. A terceira colocação na eleição de 2014 foi um balde de água fria. Mas o real problema veio com a divulgação do seu nome entre os investigados pela Lava Jato, em 2015.

Fernando

 
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Teve passagem relâmpago pela Secretaria de Segurança. Em cinco meses, foi criticado pelo aumento de mortes em confronto causadas pela PM. A repressão violenta às manifestações de 29 de abril, em frente à Assembleia, lhe custou o cargo.

Delcídio do Amaral

 

Um líder do governo na cadeia. A situação inusitada se deu depois que Delcídio Amaral (PT-MS) teve sua prisão autorizada pelo STF. Uma fita mostrava que ele estava negociando a delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras.

André Vargas

 

A prisão de Vargas, em abril, foi o desfecho de uma linha descendente iniciada em 2014, quando vieram à tona conversas do então deputado que o comprometiam na Lava Jato. Acabou cassado e condenado a 14 anos .

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José Dirceu

 

O ex-ministro já tinha sido preso no mensalão. Agora, voltou à cadeia pelo petrolão. O petista, de acordo com a denúncia, teria recebido propina de esquema de corrupção de Petrobras mesmo depois de ter saído do governo.

Lula

 

O ex-presidente viveu um ano de inferno astral. A conjunção de más notícias derrubou as intenções de voto do petista. Na última pesquisa presidencial do Datafolha, do dia 19, ele aparece com 20%, atrás de Aécio Neves (PSDB), com 26%.

Romário

 
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Eleito senador pelo Rio, o ex-atacante foi acusado na imprensa de manter contas na Suíça. Viajou para a Europa e mostrou documentos que provariam sua inocência. No entanto, na prisão de Delcídio Amaral surgiram novos indícios contra ele.

Fernando Henrique Cardoso

 

Treze anos depois do fim de seu segundo mandato, o ex-presidente esteve forte na ativa. Escreveu livros contando de seu período em Brasília e falando sobre a política nacional. Além disso, continuou em suas “campanhas” pessoais, como a da descriminalização da maconha.