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  • Confira a evolução do Paraná no IDSE baseado em 30 variáveis

Em seis anos do atual governo de Roberto Requião (PMDB), o Paraná teve alguns avanços significativos, como a redução da evasão escolar de jovens e o aumento da expectativa de vida da população. Por outro lado, os serviços básicos de saúde ainda são inacessíveis para grande parte dos paranaenses e a taxa de homicídios vem crescendo a um ritmo assustador.

Com tantos altos e baixos, é difícil para o cidadão analisar amplamente a gestão do governador, que se aproxima do fim – dentro de um ano, em abril de 2010, ele deverá deixar o cargo, caso queira concorrer a uma vaga no Senado. Uma ferramenta recém-criada, porém, permite avaliar a performance do estado sob o comando de Requião.

A FGV Projetos, unidade de consultoria da Fundação Getúlio Vargas, acaba de elaborar o Indicador de Desenvolvimento Socioeconômico dos Estados Brasileiros (IDSE). Baseado em 30 variáveis relativas a saúde, educação, renda, segurança e bem-estar social, o índice revela como foi a evolução regional entre 2001 e 2007 (período que abrange a gestão Requião, que se iniciou em 2003). Entre as 27 unidades da federação, o Paraná foi o 9º que mais se desenvolveu.

"Nem esperávamos esse desempenho. O Paraná ficou bem colocado", afirma o coordenador do IDSE, Fernando Blumenschein. Segundo ele, o indicador é mais completo do que o já famoso Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado pela Organização das Nações Unidas. "Tivemos como objetivo mensurar não apenas fatores econômicos de primeira ordem, como renda e emprego, mas todos aqueles indicadores que refletem a condição de vida das pessoas de forma mais ampla."

Foram consideradas variáveis como qualidade das moradias, saneamento básico, matrículas na rede de ensino, mortalidade infantil, rendimentos e distribuição de renda, entre outros.

Segundo o pesquisador, desempenhos tão díspares entre os estados – o índice variou de 0,47 no Amapá a 94,90 pontos no Tocantins – indica que o papel dos governadores é crucial no desenvolvimento. "Esse progresso é definido a partir de políticas locais e nacionais, dotação de recursos e o passado de cada estado. Mas o componente de política regional é muito forte. Os governadores têm muita responsabilidade nesse processo", explica Blumenschein.

A intenção da FGV Projetos é atualizar o IDSE a cada ano. Segundo o pesquisador, a ferramenta é tão importante quanto os índices que medem a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB). "Com o novo indicador, ajudamos os formuladores de políticas públicas, que podem ver onde os cidadãos são mais carentes, e a população em geral, que pode saber como está sendo beneficiada."

Panorama

Os microdados do IDSE ainda não estão disponíveis. Mas outros indicadores tabulados pela Gazeta do Povo, com base em fontes oficiais, ajudam a compor o quadro retratado pela FGV.

Em relação a outros estados, os avanços obtidos pelo Paraná na saúde ainda são tímidos, mas indicam uma tendência de ascensão. Na educação, o estado consegue superar as demais unidades federativas e atinge seu ápice. O desempenho econômico não foi tão bom. E o que leva o Paraná ladeira abaixo é a segurança pública – as mortes violentas cresceram bem acima da média nacional.

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