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Dilma participou de encontro com jovens nesta segunda-feira (11) e falou sobre o período da Ditadura Militar | Roberto Stuckert Filho / Divulgação Presidência da República
Dilma participou de encontro com jovens nesta segunda-feira (11) e falou sobre o período da Ditadura Militar| Foto: Roberto Stuckert Filho / Divulgação Presidência da República
  • Dilma recebeu dos jovens uma logomarca com a hashtag

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (11) que se vê nestes jovens de movimento estudantil e lembrou seu envolvimento no combate à ditadura militar.

Ao receber dos jovens uma logomarca com uma hashtag "renovar a esperança" e sua foto na prisão ao fundo, Dilma disse que fica "extremamente sensibilizada" com o retrato e tentou recordar o momento em que foi tirado.

"Fico extremamente sensibilizada com aquela foto. Eu estava na primeira auditoria militar do Exército. Estava depondo, fazendo o primeiro depoimento. Eu tenho muito orgulho dessa foto. Eu recebi ela depois da minha eleição em 2010. Nunca tinha visto ela na vida e me surpreendi de terem achado ela numa espécie de arquivo da antiga última hora. Estava num conjunto de fotos que um jornal herdou. Eu fico extremamente feliz", afirmou a presidente.

Dilma entrou no movimento estudantil na escola secundária, em Belo Horizonte, onde ingresso em 1964, e participou de um grupo que atuou na luta armada na ditadura.

No ato, a petista destacou que atuou ao lado do ministro Aldo Rebelo (Esporte) e do presidente do PT, Rui Falcão."Eu olho pra vocês e vejo minha juventude. Eu me enxergo um pouco em vocês. Vocês podem não acreditar, mas o Aldo rebelo, o Rui e eu fomos bem assim", disse a presidente sendo fortemente aplaudida.

Ela justificou sua atuação contra o regime militar. "Foi um sonho de que poderíamos transformar o Brasil de forma profunda e radical. Nós queríamos não só a democracia, queríamos afirmar a soberania do país, queríamos mudar radicalmente as condições de desigualdade que o nosso país vivia. Nós tínhamos muitos sonhos e tínhamos a imensa e enorme angústia de que isso tinha que ser feito com a maior rapidez", disse.

E completou: "Os sonhos são interessantes. Eles passam de uma geração para outra. O que passamos para essa geração foi o que tinha de melhor da nossa. Sem democracia era impossível a vida política, a organização, era muito difícil mudar. Tivemos uma série de dificuldades no caminho: uns foram mortos, outros torturados, muitos saíram do país para poder sobreviver. O que podemos dizer que ganhamos foi a implantação da democracia no país".

Dilma pediu o engajamento dos jovens em sua campanha. "Estamos agora no meio de um processo de transformação mais profundo, que nós estamos fazendo de maneira pacífica. [...]

Eu confio em vocês que representam uma parte da luta, em nova escala, em nova dimensão em que foi nossa luta do passado. Confio que vocês que serão meu combate que vão defender o sentido desse projeto".

A presidente participou de sua sexta agenda em São Paulo em pouco mais de uma semana. Ela esteve em uma universidade particular, na Barra Funda, com 400 jovens. Com mais um cenário para a propaganda eleitoral, a presidente ouviu discursos inflamados de líderes estudantis defendendo os governos Lula e Dilma.

Em um palco em formato de arena, jovens se apresentaram como beneficiados dos programas do governo como ProUni (Programa Universidades para Todos), Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), além do Ciência Sem Fronteira, que patrocina estudos no exterior.

Dilma ouviu dos estudantes gritos de guerra que reforçam o discurso petista de diminuição das desigualdades sociais e maior distribuição de renda, como: "agora o filho do pedreiro pode ser doutor".Ela tirou foto e distribuiu coraçõezinhos do palco.

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