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Quais as chances de uma aliança nacional entre PFL e PMDB?Abelardo Lupion – Estamos negociando nacionalmente uma grande aliança entre o PFL, PMDB e PSDB. Para facilitar essa composição, o PFL até pode abrir mão de indicar o candidato a vice-presidente do Geraldo Alckmin (PSDB) porque o nosso objetivo é fazer uma bancada federal forte e facilitar a vida nos estados. O PFL pode apoiar o Alckmin sem participar da chapa e ficar livre nos estados para fazer as coligações que interessar.

Essa aliança entre o PMDB e o PFL seria repetida no Paraná, apesar de os dois partidos serem adversários?Eu não fecho com o PMDB do Paraná nem amarrado. Como eu, existem outros dez estados que não fecham coligações com o PMDB para a campanha de governador de jeito nenhum. Isso são complicadores que precisam ser acertados pela direção nacional para que a aliança possa avançar.

E como poderiam ser acertados?O PMDB indicaria o vice do Alckmin e os dois partidos teriam uma aliança formal. O PFL ficaria de fora, apoiaria Alckmin, mas não participaria da coligação para não forçar os estados a subir no palanque de adversários. Mas temos ainda um prazo de 40 dias antes das convenções para chegar a essas conclusões e resolver o que fazer.

Então para ganhar a Presidência da República valeria a pena abrir mão da vice e passar por cima de divergências políticas nos estados?Se queremos ganhar a eleição, precisamos trazer o maior número possível de apoios numa grande aliança contra o Lula. O país não agüenta mais quatro anos de Lula.

Enquanto não existe esta definição nacional, como fica o PFL do Paraná ? Estou conversando com o senador Osmar Dias e os deputados federais do PSDB, PP e PDT todos os dias, mas não podemos fazer nada sem definição nacional. A campanha começa só a partir de junho, obedece a um cronograma e não adianta querer precipitar, colocar pessoas em situação constrangedora. Nosso problema depende de acordo nacional e a partir dessa definição podemos trabalhar.

Mas o PFL ainda continua trabalhando com a hipótese de candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo?Continuamos igual, o Osmar não desistiu e nós não desistimos de apoiá-lo, mas primeiro tem que haver definição. Amanhã, o senador anuncia que é candidato a governador e o PDT nacional solta candidato a presidente. Daí o PFL se coliga com o PSDB nacional. O que acontece conosco? Caímos todos em descrédito porque não poderemos fazer uma aliança no Paraná. Se dependesse de mim, do Osmar e dos deputados, estaríamos abraçados há muito tempo.

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