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A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência pediu nesta quarta-feira à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e à Polícia Federal que investiguem a responsabilidade por um grampo telefônico identificado no aparelho celular do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) e ameaças feitas contra o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM).

- A comissão resolveu encaminhar oficialmente o pedido para que a Abin e a PF investiguem isso - confirmou o senador Saturnino Braga (PT-RJ), que presidiu a reunião da comissão.

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix; o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Márcio Paulo Buzanelli; e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, foram ouvidos nesta quarta-feira em reunião reservada da comissão para analisar essas denúncias de espionagem e ameaças contra parlamentares de oposição.

ACM Neto acusou a Abin de estar por trás do grampo identificado em seu celular e Virgílio acusou um ex-policial de monitorar seus passos e de sua família em Manaus a mando do PT. Buzanelli negou categoricamente que a Abin tenha participado de qualquer operação de espionagem contra o deputado pefelista.

O diretor da Abin ressaltou que o último aparelho de grampo que estava em poder da agência foi repassado para a PF no fim da década de 80 e, desde então, nunca mais nenhum agente participou de qualquer operação deste tipo. Mas tanto Buzanelli quanto Paulo Lacerda admitiram que não têm controle sobre eventuais desvios de conduta de representantes das instituições que comandam.

Um dos temas discutidos foi o chamado "enxerto" na lista de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, mediante solicitação da PF. A comissão planeja elaborar um projeto de lei criminalizando este tipo de conduta. Além disso, a proposta deverá exigir uma avaliação quinzenal das escutas autorizadas, para que seja fiscalizada a eficiência e necessidade da operação.

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