Não uma, mas por três vezes o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mobilizou agentes da Polícia Legislativa da Casa para proteger seus bens no Maranhão. O expediente fora do Senado somou 10 dias, exigiu o deslocamento de sete agentes da Polícia e custou cerca de R$ 30 mil em diárias e passagens. Na semana passada, Sarney admitiu apenas a existência de uma missão. Mas novas informações obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram que os policiais estiveram em São Luís duas vezes em fevereiro, de 9 a 12 e de 18 a 20, e uma vez neste mês, entre os dias 2 e 4. A assessoria de Sarney disse que "cada senador, desde que se sinta ameaçado, tem o direito de requerer segurança".
O diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araujo, disse que as "missões" foram programadas em função do julgamento do governador do Maranhão, Jackson Lago, pelo Tribunal Superior Eleitoral. O temor de Sarney é que aliados de Lago, que perdeu o mandato para Roseana Sarney (PMDB-MA), depredassem propriedades da família. O diretor negou que o objetivo tenha sido o de proteger a casa de Sarney, na Praia do Calhau, a 25 quilômetros do centro de São Luís. "Fomos fazer não só a varredura, mas acompanhar a situação, fazer a avaliação do momento, conversar com as autoridades locais, saber se há risco. Nada foi feito de forma escusa", justificou.
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