Adiamento na definição de metas climáticas seria absurdo, diz Dilma

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A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou neste domingo (22) que o adiamento na definição mundial das metas climáticas "seria uma posição absurda". Na semana passada, alguns países cogitaram não apresentar as metas de redução na emissão de gases de efeito estufa, durante a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que será realizada em dezembro, em Copenhage (Dinamarca).

"Rigorosamente falando, ninguém assume o adiamento porque essa seria uma posição absurda, porque teve prazo suficiente para se fazer, para os países voluntariamente apresentarem seus números", disse.

Dilma citou que o Brasil é um dos poucos países que tem assumido publicamente reduções expressivas na emissão de CO2. Segundo a ministra, o país deve levar para Copenhage uma meta de redução na ordem de 36% a 39% até 2020.

"Fomos o único país em posição clara, com metas que são voluntarias. Na prática, são números concretos, quantificados tanto em termos de CO2 e de percentuais. É uma tentativa mais concreta de aproximação de um valor e o mais significativo, porque [outros dois países que anunciaram suas metas, como] Indonésia falou em 26%, e a Coreia do Sul em 30%. Nós estamos com a mesma metodologia deles, falando entre 36 e 39%", observou Dilma.

Segundo a ministra, o Brasil não só apresentou os maiores números em termos de mata, como se comprometeu a continuar usando energias mais limpas e a reduzir em 80% o desmatamento da floresta Amazônica. "O Brasil tem de aumentar o grau de consciência a respeito da importância da hidreletrecidade na geração de energia limpa. Nós temos a felicidade de sermos um país com importante potencial hidrelétrico."

No último domingo (15), havia sido divulgado que os países líderes da Ásia, Europa e Estados Unidos acreditavam que poderia ser fechado em Copenhage apenas um acordo "politicamente vinculante", ou seja, um compromisso político de que um pacto será definido no futuro.

Na quarta-feira (18), porém, os presidentes dos EUA e China divulgaram uma declaração conjunta em que disseram que os países desenvolvidos devem apresentar metas de redução de CO2 na atmosfera.