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Nelio Roberto Seidl Machado, advogado que integra o bloco de defesa do banqueiro Daniel Dantas, denunciou ontem à Procuradoria-Geral da República que é alvo de espionagem. Ele não identifica seus perseguidores, mas suspeita de oficiais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e agentes da Polícia Federal que participaram da Satiagraha, investigação sobre suposto esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha envolvendo o controlador do Grupo Opportunity.

O advogado pede a Antonio Fernando de Souza, o procurador-geral, "apuração dos lamentáveis episódios" de que se diz vítima. Cita pelos menos duas passagens para reforçar seus argumentos, a primeira ocorrida na noite de 11 de junho em um restaurante japonês em Brasília, a outra no dia 10 de julho no Aeroporto Internacional de Congonhas, em São Paulo.

Nas duas ocasiões, assinala Machado, arapongas o teriam filmado. Ele supõe, ainda, que seus telefones estão sob interceptação clandestina e que até em seus gabinetes de trabalho, no Rio e em São Paulo, tenha sido instalada escuta ambiental. "Não vou me curvar, mas esse tipo de expediente espúrio não pode ficar impune", disse.

Machado pede que o seu caso seja investigado no mesmo inquérito - número 964/2008 - aberto por requisição do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que teria sido grampeado em conversa telefônica com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Ele entregou cópia de sua petição aos ministros Mendes e Eros Grau e ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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