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O promotor Daniel José de Angelis informou nesta quinta-feira que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci foi indiciado pelo delegado da Polícia Civil de São Paulo Benedito Antonio Valencise por quatro crimes: formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Palocci foi indiciado antes de prestar depoimento aos delegados Admar Brandão e Amarildo Fernandes, da Polícia Civil de Brasília.

O ex-ministro foi interrogado a pedido de Valencise, que está à frente de um inquérito que apura um suposto desvio de R$ 30 milhões em contratos de coleta de lixo da Prefeitura de Ribeirão Preto entre 2001 e 2001. Segundo o promotor, Palocci negou qualquer vínculo com as supostas irregularidades. O ex-ministro disse no depoimento que o Daerp, órgão encarregado da administração da limpeza urbana na cidade, era uma instituição autônoma.

O advogado José Roberto Battochio disse, depois do interrogatório, que o indiciamento de Palocci é "uma aberração jurídica". Segundo ele, o contrato investigado por Valencise foi assinado pelo antecessor de Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto, e não pelo ex-ministro. Battochio disse que Palocci assinou um único documento relacionado a este contrato.

- Esse indiciamento, se houve, é um absurdo jurídico. É uma heresia jurídica - afirmou o advogado.

O promotor Daniel de Angelis disse que não existem provas materiais contra Palocci, mas acha difícil que o prefeito não soubesse do desvio de tanto dinheiro.

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