Antes tido como azarão na disputa pela vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, agora aparece como nome forte na lista de cotados. Suas chances aumentaram com a proximidade estabelecida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as eleições. Foi Adams quem ficou responsável pela defesa do presidente na corrida eleitoral nos processos que chegavam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Adams conta ainda com outra vantagem: tem a simpatia da presidente eleita, Dilma Rousseff. Foi com apoio da então ministra da Casa Civil, em novembro do ano passado, que ele conseguiu ser nomeado para comandar a Advocacia-Geral da União (AGU).

Antes de ser designado para chefiar a AGU, ele foi procurador-geral da Fazenda Nacional, levado para o cargo pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Se for indicado pelo presidente Lula, Adams será o terceiro ministro dessa composição que ocupou o cargo de advogado-geral. Além dele, os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli também comandaram a AGU.

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Processo de escolha

Agora, com o fim do segundo turno das eleições, o presidente Lula deve iniciar o processo de escolha do ministro que ocupará a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Eros Grau, em agosto.

Por enquanto, além de Adams, os nomes mais lembrados entre integrantes do governo e por pessoas próximas são do advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso e do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha. Correm por fora os ministros Teori Zavascki e Luiz Fux, do STJ, e o advogado Luiz Edson Fachin, gaúcho radicado no Paraná.

Essa será a última indicação para o Supremo feita por Lula. Desde que assumiu o governo, ele nomeou seis dos dez ministros que hoje integram a corte máxima da Justiça.