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A  Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Ponta Grossa, no Paraná, instaurou processo administrativo para investigar o vídeo gravado por um advogado do município que teve grande repercussão nas redes sociais. Na filmagem, gravada no dia 14, Leandro Ferreira do Amaral exibe cerca de R$ 5 mil em notas de R$ 50 e R$ 100 e comenta: "Crime não compensa, mas advogar para o crime compensa".

Segundo o presidente da OAB em Ponta Grossa, Edmilson Rodrigues Schiebelbein, Amaral já foi notificado e tem 15 dias para prestar esclarecimentos. Caso o Conselho de Ética da OAB entenda que houve irregularidade, o processo ganha um relator, e, então, o acusado terá de constituir defesa.

Para Schiebelbein, a gravação e a divulgação do vídeo ferem o artigo 33 do Código de Ética da profissão, que exige que o profissional abstenha-se de "abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega". "Em tese, esse vídeo, da forma como foi exposto, viola isso", argumenta o presidente.

Amaral, que é especialista em direito criminal e trabalhista, disse que repassou a gravação para um grupo fechado por meio do aplicativo WhatsApp. "Em momento algum eu tive a intenção de dar publicidade a isso", disse. Segundo ele, o colega que divulgou o vídeo deverá responder pelo ato. O advogado argumentou que quis mostrar que a área criminal é um ramo do Direito que garante um retorno significativo. Em um vídeo postado no Facebook, ele pediu desculpas a amigos e familiares.

A gravação mostra Amaral sentado em frente a sua mesa de trabalho. Com o celular, ele filma a si mesmo e diz: "Trabalhando aqui, cara de cansado, sexta-feira. Tá fraco. Mas para sexta-feira tá bom, né? Dá uma olhada aí", e então mostra o dinheiro espalhado. Após uns segundos, ele declara: "Crime não compensa, mas advogar para o crime compensa".

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