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O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, admitiu nesta sexta-feira que não tem condições de garantir o reajuste de 16,67% para os aposentados que ganham mais de um salário-mínimo, caso seja eleito. Oposição e governo travaram um duelo em torno do reajuste dos aposentados que levará à perda da validade da MP 291, que reajustou em 5% as aposentadorias e pensões acima de um salário-mínimo. O PFL, que apóia Alckmin, apresentou uma emenda elevando o reajuste para 16,67%, mas o governo não aceitou. Com o impasse, a base aliada obstruiu a votação e a MP perderá validade no próximo dia 10.

Diante da insistência da oposição no reajuste de 16,67%, o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana, sugeriu que o candidato tucano se comprometesse a dar o aumento e registrasse a promessa em cartório.

Em campanha em Recife, Alckmin acusou o governo de dar um aumento de 16,67% para o salário-mínimo para ganhar votos nas eleições de outubro. Segundo ele, no ano que vem, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva for reeleito, não dará nenhum reajuste ao salário, nem aos aposentados.

- Eu não posso dizer que vou dar o aumento. O PT deu um aumento de 1% no primeiro ano ao salário-mínimo, agora tá dando 16%. Isso porque é ano eleitoral. No ano que vem será zero. Gastou mais de 20 bilhões para todas as categorias e agora diz que não tem dinheiro para dar o aumento. Eu não posso dizer que vou dar o aumento - disse.

Alckmin faz campanha em Recife e Olinda nesta sexta-feira. Tentando tirar a diferença de Lula na região, o tucano lançará o projeto Novo Nordeste, que tem como um dos pontos principais pontos a recriação da Sudene. Segundo os tucanos, a superintendência terá a missão de combater as desigualdades regionais por meio de um pacto federativo.

O projeto também prevê o que o tucano chama de "plus orçamentário" para o Nordeste, que seria um adicional de 32% nos investimentos feitos pelo governo na região, já em 2007. O programa também prevê a criação de novos fundos de financiamento regionais destinados à area de infra-estrutura, além de um plano decenal de recursos hídricos para o semi-árido.

As principais lideranças da campanha tucana já estão chegando a Recife. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), e o ex-presidente Itamar Franco já estão na capital.

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