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Em campanha hoje em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, o candidato a presidente da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, sinalizou com um corte no número de ministérios caso seja eleito. O tucano criticou o elevado número de ministros e defendeu um enxugamento de gastos públicos.

— O Brasil não pode continuar com 36 ministérios. Para despachar com todos, o presidente leva quase meio ano. Nós vamos passar a tesoura nos gastos público e descentralizar as ações, assim como já ocorreu em Santa Catarina — apontou o candidato tucano.

Alckmin desembarcou no Aeroporto Serafim Bertaso às 10horas. Depois de uma entrevista coletiva de 20 minutos, seguiu para a fazenda Ademir Smaniotto, onde conheceu o sistema de criação de aves, suínos e de gado de leite. No curral, participou da ordenha e comentou que também é criador de gado em Pindamonhangaba, interior de São Paulo.Alckimin posou para fotografias com os fazendeiros e anunciou que pretende fortalecer o setor primário com mais crédito, assistência técnica, nova gestão de recursos hídricos e criação de seguro rural com o governo subsidiando 50% do prêmio para os pequenos produtores.

— Nós queremos recuperar o Ministério da Agricultura. O governo Lula abandonou a produção, que gera emprego no Brasil — atacou.

Por volta das 11 horas, participou de uma carreata, que congestionou parte do trânsito na cidade. A comitiva seguiu para o centro, onde Alckmin, o vice José Jorge (PFL), senadores e o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, fizeram o tradicional corpo-a-corpo. Alckmin tomou café, cumprimentou comerciários, abraçou crianças e bebeu chimarrão levado pelo Xiru Pompeu, um músico e tradicionalista gaúcho.

Na Praça Coronel Bertaso, o candidato tucano fez um comício para cerca de mil pessoas, onde disse que Santa Catarina é o segundo Estado – depois de São Paulo – em que ele aparece em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais. No discurso, atacou a política econômica, criticou a carga tributária, anunciou que pretende instalar uma universidade federal no Oeste do Estado e garantiu que pretende manter parte dos programas sociais, como o Bolsa-Família.

— O primeiro programa de complementação de renda foi feita na Prefeitura de Campinas, do PSDB. Vamos manter, melhorar e ampliar o Bolsa-Família — prometeu Alckmin.

No palanque de Alckmin, o ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, disse que nos últimos três anos o Brasil perdeu US$ 2 bilhões em exportações por falta de investimento em proteção sanitária animal e vegetal. De acordo com ele, somente em 2006 o país perdeu US$1 bilhão.

— Os investimentos em proteção sanitária foram reduzidos de R$40 milhões para R$16 milhões, quando o mínimo necessário é R$180 milhões. Isso criou uma imagem negativa do Brasil lá fora — disse Pratini.

Alckmin garantiu que não pretende privatizar os Correios, Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica e outras instituições e empresas públicas.

— Isso não existe no nosso plano de governo. O que vamos fazer é acabar com a roubalheira e com os desperdícios. Essas são boas empresas do governo".

Antes e depois de conhecer a fazenda de Smaniotto, Geraldo Alckmin disse que o fortalecimento do agronegócio brasileiro vai ser a grande prioridade de governo. Alckmin disse que o Brasil precisa buscar acordos bilaterais na Organização Mundial do Comércio (OMC) para evitar problemas com o mercado externo. O tucano citou as barreiras criadas pela Rússia e por outros países às carnes brasileiras depois do surgimento da febre aftosa no Mato Grosso do Sul. E defendeu um posicionamento mais duro por parte do governo federal.

— Precisamos de menos politização e mais trabalho. Primeiro para reduzir o protecionismo que agora aparece também sob o ponto de vista sanitário. A questão sanitária está sendo usada para dificultar as nossas exportações. Para cada US$ 1 bilhão que exportamos, são 60 mil empregos gerados no Brasil. Em seguida, Alckmin embarcou para Criciúma, no Sul de Santa Catarina, onde a campanha teve prosseguimento.

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