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Mesmo com ressalvas políticas, os tucanos Geraldo Alckmin, candidato a presidente da República, e José Serra, candidato ao governo paulista, concordaram nesta segunda-feira com as críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez às deformações da estrutura política do país.

- O governo Lula teve quatro anos e não fez reforma nenhuma. Retrocedemos do ponto-de-vista ético, piorou a gestão, mais de 30 ministérios, governo que não funciona, e o Brasil perdeu a oportunidade, cresceu muito pouco - disse Alckmin.

O ex-governador afirmou que Lula "tapa o sol com a peneira" ao culpar o sistema partidário pelos casos de corrupção no seu governo. O presidente, candidato petista a reeleição e líder nas pesquisas de intenção de voto, afirmou no fim de semana que uma reforma política é necessária para que sejam evitados episódios como o mensalão.

- Não é só reforma política não, corrupção se combate não permitindo impunidade - disse Alckmin. - Corrupção existe pela tolerância, pelas más amizades, pela falta de controle e por governo ineficiente.

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, destacou a importância do comportamento individual dos políticos.

- As distorções do sistema político são importantes mas, por outro lado, tem um problema de comportamento. Você pode ter as melhores instituições do mundo e não funcionarem direito por causa do desempenho, do comportamento dos políticos. Acho que a reforma política também tem peso, só que reforma política todo mundo fala, na hora H nunca se faz, tá certo? É preciso ter determinação para isso. Não adianta agora, tardiamente, falar de reforma política, ou não adianta muito. Mas vamos ver para o futuro como é que fica - comentou Serra.

Os dois candidatos fizeram um comício improvisado na manhã desta segunda-feira na Praça Silva Teles, no Itaim Paulista, Zona leste da capital paulista, e logo em seguida um pequena caminhada nas ruas próximas para cumprimentar pessoas e gravar cenas para seus programas eleitorais.

- Se Deus quiser, com o apoio de vocês, lá no governo federal, nós vamos fazer mais, fazer melhor, substituir o mensalão pelo emprego, pela renda, acabar com essa história de dólar na cueca, de roubalheira. Vamos tratar de trabalhar sério, trabalhar bem - discursou Alckmin para as pessoas atraídas pela praça por um carro de som.

Quando falava das obras que, como governador de São Paulo, encaminhou para beneficiar a Zona Leste, Geraldo Alckmin citou os R$ 280 milhões que estão sendo investidos na linha F da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), quando um rapaz de roupas pretas, no estilo punk, do meio do público, gritou: "É mentira dele, é nós que paga. É nós que paga." O rapaz saiu rápido quando percebeu que seria hostilizado.

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