• Carregando...

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), inaugurou hoje a Penitenciária Feminina II, em Tremembé, no interior do Estado. Segundo Alckmin, o presídio pode ser considerado modelo para o Brasil, feito especialmente para receber mulheres, com áreas de amamentação, berçário, ala de visitas íntimas e até uma padaria artesanal. Cerca de R$ 47 milhões foram investidos na obra, sendo R$ 23 milhões do Ministério da Justiça.

A nova prisão terá capacidade para receber 660 presas, sendo que 394 virão de cadeias públicas da região, já nas próximas três semanas. "Será a primeira região do Estado sem nenhuma mulher presa em cadeia ou distrito policial", disse Alckmin.

Para o prefeito de Tremembé, José Antonio de Barros (PV), no entanto, a cidade e a região ganharam um verdadeiro "presente de grego". Esta é a quarta unidade prisional do município e a oitava do complexo localizado no triângulo Taubaté, Tremembé, Pindamonhangaba, onde vivem mais de cinco mil presos.

Segundo Barros, desde 2007 havia a promessa do governo estadual de desativar a atual unidade prisional feminina, que ocupa cerca de 8 hectares, na área central da cidade, logo que a nova fosse construída. Essa hipótese, porém, foi descartada hoje pelo governador e pelo secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, apesar do apelo público do prefeito, durante a cerimônia de inauguração, que causou um certo constrangimento.

"Tremembé já contribuiu muito com o Estado. O que eu pedi aqui hoje não é nada mais do que foi combinado quando começou a construção dessa penitenciária. Se aqui é modelo, lá não tem condições de funcionar", disse Barros.

"As presas da outra unidade não podem se misturar no conjunto do sistema prisional. Mas, vamos fazer uma grande parceria com a prefeitura, construindo prédios, liberando áreas, recuperando a Basílica do Senhor Bom Jesus", prometeu Alckmin.

O secretário de Administração Penitenciária, disse que será feito um estudo sobre a situação, mas não haverá transferência de nenhuma daquelas presas para a unidade inaugurada hoje. "Uma coisa é ter um acordo. Outra coisa é colocar essas presas no sistema penitenciário e elas serem mortas. Aquela prisão foi feita para abrigar presas especiais", disse Lourival Gomes.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]