• Carregando...

O primeiro ato de preparação para o lançamento da candidatura de Geraldo Alckmin à prefeitura de São Paulo, ano que vem, foi celebrado na noite desta quarta-feira em Brasília, num jantar de boas vindas oferecido pelas bancadas do partido na Câmara e Senado, e pela executiva nacional do PSDB. A cúpula tucana quer sair na frente do PT, que tem como principal candidata a ministra do Turismo, Marta Suplicy.

Segundo o deputado Silvio Torres (PSDB-SP), antes da oficialização da candidatura tem o processo de escolha do sucessor do presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jeiressati (CE), e Alckmin é o nome que tem mais condições de ocupar o cargo. O mandato de Tasso termina em novembro, e ele diz que não quer continuar.

- A candidatura do Geraldinho à prefeitura de São Paulo é um caminho quase natural. É uma expectativa da opinião pública e do partido, que tem uma presença muito forte em São Paulo - disse Tasso, contrariando expectativa do prefeito de São Paulo, o pefelista Gilberto Kassab.

- O Tasso não tem juízo! Essa questão eleitoral só ano que vem - desconversou Alckmin antes do jantar.

Silvio Torres disse que por enquanto nem Marta Suplicy nem Alckmin vão assumir que são candidatos.

- O primeiro marco nosso deve ser a presidência do PSDB. Na minha opinião, o Geraldo é o nome que reúne mais condições em função de seus resultados eleitorais - disse Torres.

Sobre a eventual disputa entre Alckmin e Marta Suplicy, o presidente tucano é otimista:

- O sentimento é que o eleitorado de São Paulo é tucano de coração...

Nesta quarta, na convenção do PFL, que virou DEM, Kassab diz que a aliança com o PSDB em São Paulo é firme para o ano que vem. Ele não se declara candidato à reeleição, mas acredita contar com o apoio do governador José Serra.

O jantar era das bancadas e da Executiva, mas o governador José Serra era esperado para o encontro. No final do dia, Serra já estava em Brasília para um encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

- É um jantar de boas vindas ao nosso candidato. O Serra foi convidado - comentou Tasso.

Mesmo com a disposição dos Democratas de lançar o atual prefeito Gilberto Kassab para a reeleição, os tucanos consideram que ainda dá tempo de costurar uma aliança para que o partido apóie a candidatura Alckmin. Segundo o presidente tucano, a orientação é que o PSDB tenha candidatos no maior número possível de municípios, em aliança com os Democratas, se possivel.

Um grupo de trabalho está fazendo um levantamento das condições do PSDB em cada municipio para subsidiar a política de alianças e candidaturas. A prioridade é pelas alianças locais.

- Uma aliança com os Democratas em São Paulo seria muito importante e gostariamos muito que desse certo. Mas acho que isso é uma coisa que virá de baixo, das bases de cada partido. Sobre o Kassab, não sei se os Democratas já tem uma posição fechada - completou Tasso.

O presidente do PSDB fez uma brincadeira sobre a mudança de nome do PFL para Democratas.

- Renovar é sempre bom, até eu estou pintando os cabelos - brincou, explicando, a seguir, que era brincadeira, que não pinta os cabelos.

Alckmin retorna para Boston (EUA) no próximo domingo, e em junho, quando termina seu curso, vai começar a viajar pelo país, oficialmente para agradecer os votos recebidos na eleição presidencial, mas na prática vai costurar a unidade do PSDB e trabalhar seu nome internamente.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]