Em sua primeira reunião com os líderes da Câmara nesta quinta-feira, o novo presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), discutiu, além da retomada das votações, a possibilidade de votar a reforma eleitoral. O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, disse que, se a Câmara votar a Medida Provisória 258, que cria a Super Receita Federal, o governo retira as outras MPs e aí poderia ser votado o projeto de reforma eleitoral do senador Jorge Bornhausen (SC), que reduz de 90 para 45 dias o período do horário eleitoral, proíbe showmícios e a participação de artistas no programa do candidato.

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A proposta de mudança na cláusula de barreira, reduzindo a exigência aos partidos de, no mínimo, 5% dos votos nacionais para 2%, só terá chance de ser aprovada se o Congresso aprovar antes uma emenda constitucional do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) esticando o prazo de mudanças na lei eleitoral de 30 de setembro para 30 de dezembro. Há outra emenda nessa linha, do deputado Ney Lopes (PFL-RN), mas inclui neste prazo a mudança de partido e domicílio eleitoral, rejeitada por quase todos os partidos.

- Nós apoiamos a PEC desde que não seja apenas uma maquiagem. Precisamos de uma reforma política e não de uma maquiagem porque o que estamos vivendo hoje é um processo de corrupção inigualável. Caso contrário, é melhor deixar como está - disse o líder do PSDB, Alberto Goldman (SP).

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