O vice-presidente José Alencar reuniu-se nesta terça-feira (6), por cerca de uma hora, com o deputado Michel Temer (PMDB-SP), candidato à presidência da Câmara. À saída, Temer disse que Alencar e o seu partido, PRB, apoiam a sua candidatura. Em seguida, Alencar, em coletiva à imprensa, confirmou que defende a candidatura de Temer.

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Alencar lembrou, depois, que o senador Tião Viana (PT-AC) foi presidente do Senado num momento delicado, quando o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) renunciou, e "foi um dos mais lúcidos e respeitados" presidentes do Senado. Mas, o vice-presidente evitou se comprometer ao ser questionado se achava natural o PMDB querer as duas Casas. "Há um acordo e esses acordos são necessários. O PMDB está recebendo todo o apoio para o seu candidato (Temer) na Câmara e era natural que recebêssemos todo o apoio para o nosso candidato ao Senado (Tião Viana), já que estamos apresentando um candidato conhecido e respeitado", disse.

Indagado se o PMDB estava forçando a barra em insistir com um candidato também no Senado, Alencar respondeu: "não", e lembrou que não teve ninguém que tivesse trabalhado mais pelo senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) quando ele foi candidato do que ele, Alencar, que fez isso até do leito de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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Questionado se era legítimo Garibaldi querer ser candidato, disse: "Pode ser legítimo, é um direito dele." Para Alencar, neste mês de janeiro, no entanto, este assunto será objeto de discussão. "Estávamos acertados de forma tácita e em conversas para contemplar aquele acordo, o que era natural. Mas é natural também mexer no acordo", afirmou.

Interferência

Questionado se poderia intervir, conversando com Garibaldi para ele desistir da disputa, respondeu: "Quer intervenção maior do que estou já fazendo aqui, dando declarações a vocês?". Sobre a possibilidade do senador José Sarney (PMDB-AP) sair candidato e se esta poderia ser uma solução para a crise no Senado, José Alencar comentou: "O presidente Sarney tem dito que não é candidato e não tenho direito de duvidar da palavra dele.

Sobre a possibilidade de o governo interferir na disputa, o vice Alencar disse: "Temos o maior respeito. O que for resolvido no Senado e na Câmara será acatado. Mas lembro que houve um acordo tácito. E que hoje é o PT na Câmara e o PMDB no Senado e que depois era pra trocar", declarou. "Mas em janeiro haverá muita conversa. Há um tempo para cada coisa. E agora é a hora de fazer a substituição da Câmara e do Senado". Questionado ainda se esta briga era motivo de preocupação ele disse: "Não, isso é assim mesmo.

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