André Moura é aliado de primeira linha do presidente da Câmara Eduardo Cunha.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado André Moura (PSC-SE) negou que tenha gravado escondido a conversa que teve com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil), na última quarta-feira (2). Irritado, Moura disse que a prática é “papel de moleque”.

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“Quem faz isso não é digno da confiança de ninguém. Essa prática não é papel de homem e, sim, de moleque”, afirmou Moura à reportagem na manhã desta sexta-feira (4).

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Desde a noite de quinta-feira (3) começou a circular em Brasília a informação de que Moura teria gravado a conversa que teve com Wagner.

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Governo e PT dizem que Cunha fazia chantagem, ameaçando deflagrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, caso não tivesse apoio do PT no Conselho de Ética. O peemedebista acolheu o pedido de impedimento na última quarta em retaliação à declaração da bancada petista, que se negou apoio a ele.

Segundo Eduardo Cunha, o líder do PSC e o ministro da Casa Civil encontraram-se na última quarta-feira para negociar o apoio em troca da aprovação da CPMF. Cunha disse que Dilma “mentiu à Nação” ao dizer que o governo não participou de “barganha” e que a própria presidente participou da negociação. Wagner disse que Cunha é quem mente, pois a presidente não teria conversado com Moura. Na quarta, o aliado de Cunha, disse que “a palavra que vale é a do presidente Eduardo Cunha”.

“Jamais me prestaria a um papel desses. Afirmo categoricamente que não tenho e nunca tive nenhuma gravação com quem quer que seja. Pode ter certeza”, disse André Moura.

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