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Enquanto a campanha do candidato do PSDB à Presidência da República não adquire uma forma e adota uma linha a seguir, os aliados de Geraldo Alckmin divergem sobre qual seria o melhor caminho. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, candidato à reeleição, acha que a oposição precisa convencer os eleitores de que sua gestão no governo será melhor que a atual.

O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, e o cientista político Antonio Lavareda estão em outra linha: a de que é preciso destruir e desqualificar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para diferenciá-lo negativamente diante dos demais candidatos, especialmente Alckmin.

Cesar Maia divulgou nesta terça-feira uma análise que, diante das limitações da mídia e da ausência de formadores de opinião para influenciar os eleitores, é preciso que os políticos da oposição atuem diretamente para desqualificar o presidente Lula. Diz o texto: "Cabe aos políticos serem os agentes propagadores e demonstradores que o presidente perdeu o juízo, a vergonha e a capacidade de governar".

Maia considera que hoje há um processo de desgaste generalizado dos políticos e que o presidente Lula está enlameado como todos e que a grande questão é produzir "comerciais e programas de TV" que não apenas joguem mais lama no presidente mas que o "desqualifiquem diferencialmente".Mas integrantes do comando da campanha de Alckmin dizem que essa não é a linha que foi adotada.

Os estrategistas de Alckmin trabalham na perspectiva de criar propostas, idéias e teses que gerem confiança no candidato. Neste momento, o tucano quer se diferenciar como sendo um homem simples e sério, que anda em avião de carreira e sem entourage. Além disso, pretende se apresentar como um político cuidadoso no trato do dinheiro público e que assume responsabilidade pelos seus atos como também pelos de seus subordinados.

- O presidente Lula é o inverso do ex-governador Mario Covas. Ele dizia que tudo o que os seus subordinados faziam de errado era responsabilidade dele. O Lula diz que não viu, não sabe e que não tem nada a ver com ele - disse Alckmin num dos comícios que fez na Bahia, no final de semana.

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