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Jair Cézar: SUS para animais. | Câmara Municipal de Curitiba
Jair Cézar: SUS para animais.| Foto: Câmara Municipal de Curitiba

O requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Curitiba para investigar a atuação da empresa de radares Consilux na cidade ganhou ontem, pela primeira vez, apoio de vereadores aliados ao prefeito Luciano Ducci (PSB). Ontem, três governistas assinaram o pedido: Jair Cézar (PSDB), Caíque Ferrante (PRP) e Denílson Pires (DEM). Hoje, mais um nome deve se juntar a lista: Professor Galdino (PSDB) anunciou que também vai assinar o pedido. Com isso, faltarão apenas três nomes para a oposição emplacar a CPI – são necessárias 13 assinaturas.

De acordo com o vereador Pedro Paulo (PT), a oposição acredita que a possibilidade de a CPI ser aberta é grande. "Os vereadores estão respondendo a um clamor da sociedade, e por isso acredito que vamos conseguir as assinaturas que faltam", comentou. De acordo com ele, a principal preocupação é a possibilidade de manipulação de multas. "Se um diretor da empresa, que é de Curitiba, diz que é possível apagar multas, isso tem que ser apurado", disse. A declaração sobre a manipulação de multas foi feita ao programa Fantástico, da Rede Globo.

Discórdia na base

De acordo com Jair Cézar, a assinatura foi motivada pela falta de explicações a respeito do caso. "A Câmara também tem meios de exercer papel de polícia. Acho que isso vem ao encontro do que a população quer", comentou. Sua decisão, no entanto, contrariou o presidente da Câmara, João Cláudio Derosso, e o líder do prefeito, João do Suco.

Para Derosso, a CPI queima etapas que já estão sendo realizadas. De acordo com ele, os vereadores estão tendo a oportunidade de realizar visitas técnicas e juntar documentos para analisar se há ou não necessidade de uma apuração por parte da Câmara. "Acho que a CPI, nesse momento, é um jogo mais político do que técnico. A questão da Consilux pode ser resolvida com visitas técnicas, com pedidos de informação", afirmou. A posição é a mesma de João do Suco.

O contrato entre a prefeitura e a Consilux foi rompido unilateralmente pelo município no mês passado, depois das denúncias do Fantástico.

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