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Cezar Silvestri, do PPS, é titular da polpuda Secretaria de Governo e pode deixar o cargo; Ratinho Junior, do PSC, é titular da Sedu, e é responsável por um orçamento de R$ 317 milhões; O PMDB de Romanelli, secretário de Trabalho, deve ser fundamental para as aspirações de Richa | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo; Edson Santos/Ag. Câmara; Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Cezar Silvestri, do PPS, é titular da polpuda Secretaria de Governo e pode deixar o cargo; Ratinho Junior, do PSC, é titular da Sedu, e é responsável por um orçamento de R$ 317 milhões; O PMDB de Romanelli, secretário de Trabalho, deve ser fundamental para as aspirações de Richa| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo; Edson Santos/Ag. Câmara; Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Oito secretarias de estado, com orçamento de cerca de R$ 3 bilhões para 2014, são parte fundamental na construção do palanque do governador Beto Richa (PSDB) na disputa à reeleição. Atualmente, elas estão nas mãos de partidos aliados ao tucano – PPS, PMDB, PSC, PP, DEM e PSB – e concentram 8% do orçamento do estado. Só que, para as eleições deste ano, pelo menos cinco desses oito secretários devem deixar o cargo até abril para disputarem cargos na Assembleia Legislativa ou no Congresso, causando uma reforma no secretariado – e um xadrez político para Richa.

INFOGRÁFICO: Veja o orçamento dos partidos aliados ao governador Beto Richa

Um dos que devem sair é Cezar Silvestri. Titular da polpuda Secretaria de Governo, ele deve buscar a reeleição na Câmara dos Deputados. Representante do PPS no primeiro escalão do governo, Silvestri é um aliado pessoal de Richa e um importante puxador de votos na região de Guarapuava. A decisão, porém, não está tomada definitivamente e Silvestri avalia todas as possibilidades, inclusive a mais remota, de permanecer no cargo.

Silvestri está no governo Richa desde seu início. Ele foi secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedu), cargo atualmente ocupado por Ratinho Junior (PSC). O titular da Sedu é um caso à parte no xadrez político. Eleito deputado federal mais votado do Paraná, Ratinho já disse que não pretende voltar para Brasília. Seu futuro político mais provável é uma candidatura a deputado estadual. Outra opção, mais remota, é sair como vice na chapa encabeçada por Richa. Em ambos os casos, Ratinho cacifa-se como possível sucessor natural do tucano em 2018. Popular especialmente entre a classe C, Ratinho conseguiu na Sedu e no seu orçamento anual de R$ 317 milhões uma oportunidade de aproximar-se de prefeitos, deputados e vereadores e ganhar rodagem política e administrativa dentro da máquina pública.

Aspirações

Se Ratinho apresenta um potencial eleitoral considerado elevado, os titulares da Secretaria do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, e do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, têm o seu o partido, o PMDB, como peça-chave para as aspirações do governador. Cheida e Romanelli vieram da Assembleia Legislativa, onde Richa tem a preferência entre a bancada do PMDB. Ainda assim, as duas secretarias e todo peso que o governador poderia colocar no colo do partido em um eventual segundo mandato não convenceram a totalidade da legenda. Caso bem diferente é o do DEM, partido do secretário de Planejamento, Cassio Taniguchi. A proximidade construída entre PSDB e DEM no âmbito nacional tem se repetido no Paraná.

Na cota

Completam a cota política das secretarias de Richa a da Indústria e Comércio, de Ricardo Barros, do PP, e as secretarias de Relações com a Comunidade e Assuntos Estratégicos, ambas nas mãos do PSB de Ubirajara Schreiber e Edson Casagrande. Casagrande deve disputar uma vaga na Assembleia e Barros na Câmara dos Deputados. Barros traz, com seu peso político, não só o apoio do PP, mas a proximidade com o recém-inaugurado Pros, cuja presidente no Paraná é sua esposa, Cida Borghetti. Cida inclusive também já foi citada como possível vice de Beto.

Nomes dos substitutos estão indefinidos

O Palácio Iguaçu não antecipa nomes para a reforma do secretariado prevista para abril. Existe uma boa chance, no entanto, de que parte desses secretários, ditos políticos, seja substituída por perfis técnicos até o fim do ano. Em um eventual segundo mandato de Richa, porém, o apoio e o empenho de cada legenda deve ser recompensada com indicações no primeiro escalão, como acontece na construção de todos os governos no Brasil.

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