O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reúne amanhã em Brasília o prefeito de Curitiba, Beto Richa, e o senador Alvaro Dias. Será uma nova rodada de negociações para definir quem será o candidato a governador pelo partido. Enquanto o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, diz acreditar na possibilidade de sair um "grande acordo" (a escolha de Richa), o senador considera difícil chegar a um entendimento.
Alvaro assegura estar determinado a levar adiante a sua tese de que seria o melhor nome para unir aliados e oferecer um palanque forte para o candidato a presidente José Serra (PSDB) no Paraná.
Uma reunião do diretório estadual estava marcada para ontem, quando as lideranças ligadas ao prefeito esperavam oficializar o nome de Richa. Mas o encontro foi adiado depois de uma conversa entre Guerra, Alvaro e Beto em São Paulo, na última sexta-feira.
Rossoni afirmou ontem que o prefeito concordou em desmarcar porque sabe que precisa ter calma para formar uma grande aliança. "Que diferença faz tomar a decisão hoje ou daqui a uma semana? Alguns deram a conotação que foi intervenção nacional, mas é lógico que não", disse.
Alvaro garante que só abre mão da candidatura se for convencido que está errado. Segundo ele, por enquanto isso não ocorreu. "É preciso que o argumento seja convincente, que me convençam que a melhor opção para o projeto nacional é outra."
Ele argumenta ainda que sua insistência não se trata de ambição pessoal, mas da certeza de que reúne as melhores condições para reunir o PSDB, o PDT e até outros partidos numa aliança pró-Serra no estado. "Ficaria o Osmar Dias (PDT), eu e o Beto de um lado só", disse o senador, que conta com um acordo entre ele e o irmão Osmar Dias, que desistiria da candidatura para não enfrentar Alvaro. Sem Osmar como candidato, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) perderia um aliado de peso no Paraná o que seria bom para Serra. (KC)
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