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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tentou tranqüilizar o setor industrial do país durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Amorim ouviu pedidos para que o governo brasileiro não reduza muito suas tarifas de importação nas negociações 6ª Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), marcada para os dias 13 e 18 em Hong Kong.

Amorim diz que o único "aceno" que o Brasil vai fazer na área industrial é a redução da tarifa média de 10,8% para 9,9%.

- Acho que nossa oferta é significativa, mas se mantém nos níveis do razoável - afirmou o ministro. Ele enfatizou, ainda, que o Brasil poderá "se valer das flexibilidades que estão previstas e pelas quais o país lutar até o fim no acordo da OMC". Tais flexibilidades permitiriam excluir da redução média de tarifa aqueles setores considerados mais sensíveis e nos quais se justifique uma proteção maior.

O chanceler destacou que a oferta brasileira só será mantida no caso de concretização de uma oferta positiva, da parte da União Européia e dos Estados Unidos, tanto em acesso a mercados quanto em redução de subsídios.

- Não é possível que a redução pedida em produtos industriais para países em desenvolvimento seja maior do que a redução oferecida para produtos agrícolas em países desenvolvidos - afirmou.

- Isso cria uma dupla injustiça porque essa rodada tem dois objetivos básicos: diminuir o hiato entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e diminuir o hiato, também, entre agricultura e indústria.

Outro argumento justifica a barganha: segundo Amorim, o setor industrial brasileiro emprega em tono de 35% da população, enquanto a Agricultura emprega 2% da população nos países capitalistas avançados.

- Mesmo na hipótese extrema que os 2% tivessem que sair da agricultura, eles teriam 2% de desempregados, o que é muito diferente do efeito que pode ter na indústria.

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