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Barbosa determina nova avaliação médica de José Genoino

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou nesta segunda-feira (24) que o ex-deputado federal José Genoino passe por uma nova avaliação médica. Após o resultado do laudo, Barbosa vai decidir se ele poderá cumprir a condenação de quatro anos e oito meses de prisão, definida na Ação Penal 470, o processo do mensalão, definitivamente em casa.

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Procurador-geral pede extradição de Henrique Pizzolato

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou nesta segunda-feira ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedido para extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato a fim de que ele cumpra no País a pena imposta no processo do mensalão. Considerado foragido da Justiça brasileira desde novembro passado, quando foram determinadas as primeiras prisões da ação, Pizzolato foi preso no último dia 5 em Modena, na Itália, portando documentos falsos de um irmão morto em 1978.

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Audiência de José Dirceu é adiada

A audiência para ouvir o ex-ministro José Dirceu, marcada pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para amanhã, foi adiada no fim da tarde desta segunda-feira (24) pelo juiz Bruno Ribeiro. O petista seria ouvido como parte da investigação que apura se ele usou um celular dentro do presídio da Papuda em 6 de janeiro.

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Após ter sido preso pela Polícia Federal (PF) em sua casa em Levy Gasparian, no interior do Estado, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse que não se arrepende da denúncia que fez sobre o esquema do mensalão, e, 2005, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, após o episódio, que resultou na cassação de seu mandato e posterior condenação a sete anos de prisão, "o Brasil melhorou". "A imprensa fiscaliza mais e os políticos melhoraram seu comportamento. Não dá mais para brincar com a opinião pública", afirmou Jefferson aos repórteres na porta de sua casa. O ex-deputado não quis revelar se considera justa sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Jefferson foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto no processo do mensalão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Após passar por exames, ele será encaminhado ao Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro, em Niterói, onde começará a cumprir sua pena. O presídio abriga detentos em regime semiaberto.

O delator do mensalão disse que encara sua prisão "com serenidade, equilíbrio, paciência e humildade". "Tenho que passar por isso. Estou levando todos os meus laudos e a última tomografia. Assim que eu der entrada na PF, eles terão acesso ao meu histórico médico", afirmou Jefferson, que segue dieta depois de se tratar de um câncer no pâncreas, em 2012.

Apesar de ter sido condenado no regime semiaberto, Jefferson disse que ainda não tem nenhuma proposta de emprego, o que permitiria a ele deixar a prisão durante o dia. Ele informou que as negociações para venda de seu escritório no centro do Rio estão bem encaminhadas. O dinheiro será usado para pagar parte da multa de R$ 720 mil imposta pelo STF. O restante, disse ele, será obtido com doações de correligionários do PTB.

O ex-parlamentar disse que está levando para a cadeia dois livros: a Bíblia e um que conta a história da humanidade no século XX, cujo nome não se recordou. "Não sou melhor do que ninguém. Não sou santo. Tenho defeitos, mas também virtudes. Eu trato bem as pessoas. Não é à toa que fui eleito seis vezes deputado federal", disse.

O petebista encerrou a entrevista sugerindo aos jornalistas que prezem pela liberdade, ao comentar o passeio que fez em sua moto Harley Davidson, na manhã de domingo (23) pelas redondezas de Levy Gasparian. "Curti muito a volta na Harley, o sentimento de liberdade e lealdade. Não é a chegada, o que importa é a jornada. Liberdade é fundamental para o ser humano. E eu estou perdendo a minha", declarou.

Prisão

O STF entregou no fim da manhã desta segunda-feira (24) o mandado de prisão de Jefferson, em papel, à Polícia Federal em Brasília. Lá, o documento foi digitalizado e transmitido via e-mail para a Superintendência da Polícia Federal no Rio, que encaminhou a mensagem a um agente que fazia plantão na residência de Jefferson. O agente entrou na casa, com autorização do ex-deputado, e imprimiu o mandado. Jefferson assinou o documento tomando ciência da ordem de prisão às 12h21.

Jefferson assinou o documento, foi até o portão de sua casa e disse aos jornalistas: "Como vocês estiveram dias e dias aqui na porta da minha casa, aqui está o mandado de prisão. Agora vou tomar um banho e descer com a PF (para o Rio de Janeira). Boa tarde a vocês e desculpe o mau jeito."

O ex-deputado embarcou em um carro descaracterizado da Polícia Federal, às 14 horas desta segunda-feira, 24, a caminho da sede da Superintendência da PF, no centro do Rio. A mulher de Jefferson, Ana Lúcia, seguiu o comboio dirigindo o carro da família, uma Pajero branca.

Na última sexta-feira (21), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, havia determinado a prisão de Jefferson, condenado a sete anos e 11 dias de prisão em regime semiaberto na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Exames

O ex-deputado Roberto Jefferson ficará preso no presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte do Rio, porta de entrada do sistema penitenciário no Rio. Ele será levado para o local antes de fazer uma avaliação médica. Depois de fazer exames, ele será levado para Niterói para cumprir pena em regime semiaberto. Jefferson será examinado na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Dr. Hamilton Agostinho Vieira de Castro, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste.

Na última sexta-feira (21), o STF avaliou que o sistema prisional fluminense tem condições de oferecer ao ex-deputado tratamento médico adequado. Por questões médicas, Jefferson deve tomar os remédios regulares e seguir uma dieta.

Jefferson reclamou de demora para ser preso

Antes de ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal, Roberto Jefferson apareceu, por volta das 8h30 desta segunda-feira, na sacada de sua casa em Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio, e reclamou da demora para a chegada do mandado de prisão.

O STF determinou na sexta-feira, 21, que o delator do mensalão fosse preso. No sábado (22) a Polícia Federal informou que o mandado só sairia nesta segunda-feira. "Essa expectativa não me deixa dormir. Eu deito, mas não durmo, mas está tudo em paz. É o destino. É angustiante, mas faz parte da luta", disse Jefferson. "Deus só dá carga para quem pode puxar. Sou 'harleyro' e botafoguense, acostumado a sofrer", acrescentou, em referência a suas duas maiores paixões, o clube alvinegro e as motos Harley Davidson.

O ex-parlamentar afirmou ainda que seus advogados já estão na Superintendência da Polícia Federal no Centro do Rio, e que até as 8h30 o mandado de prisão não havia sido emitido pelo STF. Jefferson disse que, assim que o documento chegar a Levy Gasparian, se apresentará aos agentes da PF que desde a madrugada de sábado fazem plantão em frente à sua casa e devem conduzi-lo em uma viatura à Superintendência no Rio. "A hora que (o mandado) chegar, eu vou embora, e vocês (jornalistas) vão com a gente", disse Jefferson.

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