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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção no Rio Grande do Sul, que investiga denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB) votará seus primeiros requerimentos na próxima segunda-feira (28), um mês depois de ter sido instalada.

O acordo que solucionou parcialmente o impasse que existia entre os oito deputados situacionistas e os quatro oposicionistas foi firmado nesta quinta-feira (24) pela presidente Stela Farias (PT) e pelo relator da CPI, Coffy Rodrigues (PSDB).

Serão chamados a prestar depoimento os ex-presidentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Estela Maris Simon e Sérgio Buchmann, o atual, Sérgio Filomena, e o secretário adjunto da Administração, Genilton Ribeiro. A relação será votada pela comissão na sessão de segunda-feira e evita nomes próximos à governadora, como queria a oposição.

Na primeira fase, os adversários de Yeda vão questionar se os sucessivos presidentes do Detran sofreram pressões para manter um pagamento de R$ 16 milhões à empresa Atento Service e Logística Ltda por serviços de guincho e depósito de carros. Os aliados de Yeda devem rebater alegando que o governo admite dívida pelos serviços prestados pela Atento, mas discorda do valor.

Juíza suspende ação contra Yeda

A juíza federal de Santa Maria (RS), Simone Barbisan Fortes, suspendeu temporariamente a tramitação da ação civil pública de improbidade administrativa movida pelo MPF contra a governadora Yeda Crusius e outros oito réus. A decisão, tomada no dia 18 e tornada pública nesta quinta-feira, atende pedido feito pelo advogado José Antônio Paganella Boschi, representante do deputado federal José Otávio Germano (PP).

Na argumentação, Boschi lembrou que, no ano passado, a juíza negou-lhe acesso ao inquérito da ação penal contra 33 envolvidos na fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran sob a justificativa de que seu cliente não era investigado e agora acolheu acusação do MPF com base em informações que estavam naquele processo.

A magistrada submeteu o recurso jurídico do advogado de Germano ao MPF, que dará um parecer nos próximos dias. Se a resposta concordar com a tese de Boschi, ela poderá repassar o caso para outro juiz. Se entender que deve prosseguir, terá que submeter a avaliação ao Tribunal Regional Federal. Os atos do processo serão retomados quando a decisão sair.

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