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Marice Corrêa de Lima deixa a carceragem da PF: investigação prossegue. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Marice Corrêa de Lima deixa a carceragem da PF: investigação prossegue.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Marice Corrêa de Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deixou a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba no final da tarde desta quinta-feira (23). O juiz federal Sergio Moro determinou a soltura de Marice depois que a defesa apresentou uma declaração da esposa de Vaccari, Giselda Rousie de Lima, afirmando ser ela, e não a irmã, que aparece nos vídeos do banco Itaú realizando depósitos, colocando a linha investigativa em dúvida.

Mais dois presos são transferidos para o CMP

O presidente da Galvão Engenharia Dario de Queiroz Galvão Filho e o operador Guilherme Esteves deixaram a carceragem da PF por volta das 14h30 desta quinta-feira (23)

Presos pela Lava Jato, o presidente da Galvão Engenharia Dario de Queiroz Galvão Filho e o operador Guilherme Esteves foram transferidos na tarde desta quinta-feira ( 23) para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais – os dois estavam na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. A transferência foi autorizada pelo juiz federal Sergio Moro na segunda-feira (20).

As investigações apontam que Dario Galvão era o mandante do esquema de desvio de recursos da Petrobras e formação de cartel dentro da Galvão Engenharia. Já Esteves é apontado como operador do esquema, que atuava no estaleiro Jurong.

Na próxima semana deve ser transferido para o CMP o publicitário Ricardo Hoffmann, que teve o pedido de transferência aceito por Moro nesta quarta-feira (22). Ao todo, 13 presos da Lava Jato já foram transferidos para o CMP, em Pinhais, entre eles o ex-diretor de Serviços Renato Duque. Outros 12 permanecem na carceragem da PF. (KK)

Marice estava presa na carceragem da PF em Curitiba desde a última sexta-feira (17), quando se entregou ao voltar de uma viagem ao Panamá. De acordo com as investigações, a cunhada é suspeita de auxiliar Vaccari para operacionalizar a propina destinada ao PT, no esquema de desvios de recursos da Petrobras. Ela nega as acusações.

A força-tarefa da Lava Jato sustenta que Marice aparece em imagens de segurança de uma agência bancária fazendo transferências de valores que teriam abastecido a conta de Giselda, mulher de Vacccari, que segundo o MPF recebia uma espécie de “mesada” vinda de dinheiro ilícito desviado da Petrobras.

Na terça-feira (21), Moro prorrogou a prisão temporária por mais cinco dias para que Marice pudesse explicar as gravações do banco para a Polícia Federal. O Ministério Público Federal, convencido de que Marice ocultava valores ilícitos da OAS, requereu sua prisão preventiva.

De acordo com o advogado Cláudio Pimentel, Marice não prestou novos esclarecimentos à PF depois da prorrogação da prisão. “O mais importante desse episódio é que a liberdade é a regra”, disse Pimentel. “A exceção é a prisão”, completou.

Apesar do erro do MPF, o advogado de Marice evitou criticar os investigadores. “Eu não tenho postura de confronto. A Justiça fez o papel dela, o Ministério Público fez o papel dele, o delegado fez o papel dele e eu fiz o meu papel como advogado”, disse Pimentel. A Polícia Federal vai periciar as imagens do banco.

Marice deixou a carceragem por volta das 17 horas acompanhada do advogado e não falou com a imprensa. Ela seguiu direito para o aeroporto, para voltar a São Paulo.

Quem faz os depósitos?

Vídeos mostram mulher fazendo depósitos na conta de Giselda Rousie de Lima, mulher do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A dúvida: foi Giselda ou Marice Correa de Lima, cunhada do petista, quem fez os depósitos?

+ VÍDEOS

‘Pegar bem, não pegou’, diz Temer sobre escândalo na Petrobras

Ao comentar as notícias de corrupção na Petrobras e a demonstração financeira da estatal, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta quinta-feira (23), em visita à Espanha, que “pegar bem, não pegou”.

Temer falava ao público durante um evento organizado pela agência de notícias Efe, voltado a líderes. Ele disse que “ninguém aplaudiu” os fatos relacionados à Petrobras e elogiou a transparência da demonstração financeira. Com impacto do lançamento de perdas de R$ 6,194 bilhões relacionadas à corrupção e outros R$ 44,345 bilhões à reavaliação dos ativos, a Petrobras registrou, em 2014, prejuízo de R$ 21,587 bilhões ante o lucro de R$ 23,6 bilhões registrado em 2013, segundo balanço divulgado na quarta (22).

A divulgação das demonstrações contábeis auditadas do terceiro trimestre estavam atrasadas havia 159 dias, e a anual, 22

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