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Um dia após os depoimentos de sete envolvidos no seqüestro e morte do prefeito de Santo André Celso Daniel à CPI dos Bingos, o senador Eduardo Suplicy (PT) voltou ao local do arrebatamento do colega petista executado, na Vila das Mercês (Zona Sul da Capital Paulista), em busca de testemunhas.

Encontrou a aposentada Y., que disse ter estranhado o comportamento de Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, empresário que dirigia a Pajero onde estava o prefeito, minutos após a abordagem dos criminosos.

- Ele estava sozinho, conversando ao telefone - , lembrou Y, que informou não ter visto Sombra ser rendido em nenhum momento.

O empresário e amigo do prefeito ficou sete meses preso acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do assassinato. A aposentada, que mora na rua Antonio Bezerra, quase em frente ao local do ataque ao prefeito, em 18 de janeiro de 2002,disse ter se assustado com barulhos de tiros.

Junto com uma irmã, correu até a janela para ver o que ocorrera.

- Vi ele (Celso Daniel) subindo a rua quase na esquina. Dois (criminosos) estavam segurando ele pelo braço. Depois, abriram um carro e o empurram na parte de trás - disse a aposentada, que pede para não ser identificada.

Y. acrescentou que, após Celso ser levado pelo bando, viu Sombra num ponto mais baixo da ladeira onde houve o arrebatamento.

- Antes de a polícia chegar, ele ficou sozinho. Ficou com o celular, falando, em frente ao carro - relembrou.

A testemunha relatou as impressões da irmã.

- Ela falou: 'estranho, um (Sérgio Sombra) ficou lá embaixo -

Y. declarou aos jornalistas que teve muito medo de reportar à Polícia e ao Ministério Público tudo o que viu, por isso nunca procurou nenhum dos órgãos.

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