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Brasília (Folhapress) – Um dia depois do depoimento à CPI dos Bingos de Ademirson Ariovaldo da Silva, assessor especial do ministro Antônio Palocci (Fazenda), a comissão aprovou a quebra de seus sigilos e uma acareação, para a próxima semana, entre ele e ex-auxiliares de Palocci no tempo em que era prefeito de Ribeirão Preto.

Ficarão frente a frente com Ademirson Vladimir Poletto (ex-secretário de Finanças), Rogério Buratti (ex-secretário de Governo), Carlos Eduardo Valente (empresário do Rio de Janeiro que operava mercado de capitais), Juscelino Dourado (ex-chefe de gabinete do ministro) e Ruy Barquete (irmão de Ralf Barquete, que também foi assessor do ministro).

Primeiro, a CPI aprovou requerimento do relator Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) que pede a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Ademirson. Depois, aprovou a acareação.

Os senadores querem esclarecer o motivo da troca constante de telefonemas entre Ademirson, Barquete, Poletto e Buratti. Os membros da CPI suspeitam que os "amigos de Ribeirão Preto", como são chamados pelos parlamentares, em alusão ao fato de terem trabalhado na prefeitura daquela cidade quando Palocci era prefeito, usavam de sua proximidade com o ministro para fazer tráfico de influência em favor de grupos econômicos.

Por isso Valente também foi convocado. Segundo Buratti, ele tinha relação com o Grupo Peixoto de Castro, proprietário do banco Prosper, onde Poletto e Ruy Barquete trabalharam.

A quebra de sigilo telefônico de Poletto e Buratti identificou 1.411 ligações entre Ademirson e Poletto entre março de 2003 e agosto de 2005. Com a quebra do sigilo de Ademirson, a CPI acredita que esse número vai aumentar.

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