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Durou duas horas a segunda saída do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), da superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde o dia 11 de fevereiro. A assessoria da PF informou já no começo da noite desta quinta-feira (11) que o governador deixou a unidade às 16h45, para realizar exames de ressonância magnética no pé direito, e retornou à sala onde está preso às 18h50.

O hospital escolhido para a realização dos exames não foi revelado pela PF. Para evitar o acompanhamento da imprensa, durante a tarde, agentes federais deflagraram uma operação com direito a batedores, ambulância e carros da PF. O comboio seguiu em disparada com sirenes ligadas até o Hospital das Forças Armadas (HFA). Ao chegar à unidade médica, no entanto, constatou-se que a ambulância estava vazia. O exame de sangue deu normal. A função renal, que eu estava preocupado, está normal, glicose em 106 e o normal é 100. É só uma pequena alteração "

A saída de Arruda foi revelada no final da manhã, pelo médico Brasil Caiado, que cuida da saúde de Arruda a pedido dos advogados de defesa. Caiado disse que Arruda estava bem e apenas apresentava um quadro de abalo emocional. "O exame de sangue deu normal. A função renal, que eu estava preocupado, está normal, glicose em 106 e o normal é 100. É só uma pequena alteração", disse Caiado.

Resultado dos exames de urina e sangue realizados pelo médico particular de Arruda não constataram qualquer alteração de saúde, informou a PF também nesta quinta. Na quarta-feira, Arruda passou por um exame de eletrocardiograma na Superintendência da PF, em Brasília. O médico particular do governador acompanhou pessoalmente o procedimento.

Os exames foram pedidos por Caiado, que visitou o governador pela primeira vez desde que ele está preso, acusado de tentar subornar uma testemunha do escândalo de corrupção no governo do Distrito Federal.

Caiado só conseguiu avaliar Arruda depois que os advogados do governador conseguiram autorização do STJ na terça-feira (9) para que o médico particular entrasse na sede da PF. Até então, todo atendimento médico era feito pela Polícia Federal.

Na saída da primeira consulta ao governador, Caiado disse que "no momento" Arruda não precisa de internação, mas está com hipertensão e diabetes não controladas, um edema não identificado no "membro inferior direito" e depressão, considerada "mais acentuada." Ele disse que, com base nos exames feitos na segunda-feira (8), a trombose estava praticamente descartada.

Primeira saída Na segunda-feira (8), Arruda foi levado para um hospital de Brasília e passou por alguns exames após ser constatado um inchaço no tornozelo direito. Havia preocupação dos advogados do governador que ele estivesse com uma trombose.

saiba mais Exames de médico particular descartam problema de saúde em Arruda Advogado de Arruda vai à OAB contra suposto abuso de poder de delegado Arruda vai sair da Polícia Federal para fazer novos exames, diz médico Arruda é notificado sobre pedido de abertura de novos processos no STJ --------------------------------------------------------------------------------Caiado afirmou que Arruda parou de fazer "caminhadas leves". "O pé realmente está incomodando muito. Além de dor, tem inchaço e um pouco de dificuldade para pisar", afirmou.

Responsável pela defesa do governador, o advogado Nélio Machado disse ao G1 não ter interesse em ver seu cliente doente e também repudiou as afirmações da PF de que o resultado do exame desmontaria o teatro em torno da saúde de Arruda. "É uma ofensa, repudio essa afirmação de quem quer que seja. Não sou ator nem faço teatro. Assistência médica ao preso é um dever do Estado. Torço pela saúde de Arruda. Não me interessa, como advogado, ver o Arruda mal. Se o resultado não apresentou nada, ótimo", afirmou Nélio Machado.

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados, o que ele nega.

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