Comissão teve dia longo nesta terça-feira (22)| Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Embora os trabalhos da comissão especial que analisa o projeto de lei 4850/2016 já estejam em fase final, aparentemente não há consenso nenhum em torno da matéria e parlamentares já começam até a questionar a urgência do trâmite da proposta, fortemente defendida pelo Ministério Público Federal (MPF).

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Conhecido como as “Dez Medidas Contra a Corrupção”, o texto capitaneado pelos investigadores da Lava Jato em Curitiba já passou por modificações propostas pelo relator da matéria no colegiado, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Mas, diante da quantidade de reclamações, o parlamentar do DEM resolveu fazer mais uma versão do texto, nesta terça-feira (22).

Relator reduz de 17 para 12 as propostas do projeto “Dez Medidas Contra a Corrupção”

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A reunião do grupo foi aberta às 15 horas, oficialmente destinada à votação do parecer de Lorenzoni. O relator, contudo, pediu licença, saiu da sala, e só voltou no início da noite, com um novo substitutivo ao projeto de lei. A nova versão deve ir à votação nesta quarta-feira (23), a partir das 9 horas, mas há parlamentares que acreditam que o volume de impasses possa provocar um novo adiamento.

Sem consenso

Ao longo da tarde desta terça-feira, sem a presença do relator, a reunião seguiu com reclamações de toda ordem. O discurso da maioria contestava a aprovação de um projeto de lei de tamanha magnitude e, ao mesmo tempo, ainda alvo de dúvidas e polêmicas.

Questionado pela imprensa, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, afirmou que o projeto de lei já foi amplamente debatido. “Mais de 100 pessoas foram ouvidas [ao longo dos trabalhos]”, lembrou ele, que nesta terça-feira (22) acompanhou pessoalmente os trabalhos em Brasília.

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