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A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fez dois requerimentos nesta segunda-feira ao Conselho Regional de Medicina (CRM) em relação ao elevado número de mortes de recém-nascidos em hospitais de Poços de Caldas, no sul do estado. O primeiro pedido é para apurar a possível falta de ética dos profissionais dos hospitais envolvidos. Já o segundo é uma solicitação de auditoria nas unidades junto com o Ministério Público.

Segundo a assessoria de imprensa da assembléia, na quarta-feira passada foi realizada uma audiência pública na cidade. Pais e parentes das crianças mortas relataram os casos e alegaram negligência, falta de informação e mau atendimento. No primeiro semestre de 2006, 12 bebês morreram na Santa Casa local e outros quatro no Hospital Pedro Sanches.

Para os membros da comissão, as mortes aconteceram em situações estranhas. De acordo com a assembléia, na maioria dos casos relatados o pré-natal foi normal, mas os bebês, antes ou logo após os partos, morreram em circunstâncias mal explicadas pelos médicos. Em dois casos, houve erro na informação do sexo dos bebês. Em outro caso, um pai alega erro na contagem do tempo da gravidez de sua mulher.

A diretora da Santa Casa, Regina Maria Cioffi, alegou que o número de óbitos é normal, levando-se em conta o porte da cidade. Segundo ela, em 2005, houve 33 mortes de recém-nascidos e em 2004, foram 38. Para ela, o número de registros é normal já que a Santa Casa é o único centro de saúde da região a contar com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e o único que recebe casos de urgência e alto risco.

A comissão informou que vai enviar as notas da reunião com os depoimentos dos pais das crianças ao Ministério Público e à Polícia Civil, que estão investigando os casos.

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