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“É o último passo para que a Assembleia nunca mais volte a ser o que foi.” Plauto Miró, primeiro-secretário da Assembleia paranaense | Sandro Nascimento/ Alep
“É o último passo para que a Assembleia nunca mais volte a ser o que foi.” Plauto Miró, primeiro-secretário da Assembleia paranaense| Foto: Sandro Nascimento/ Alep

A Assembleia Legislativa do Paraná pretende pagar R$ 24 milhões para que uma empresa construa e implante softwares de diversos gêneros. O edital de licitação para "modernização administrativa e da gestão legislativa" está disponível no site da As­­­sembleia. Por enquanto, trata-se apenas de um registro de preços – o que significa que a contratação do serviço pode ou não ocorrer mais tarde.

O sistema que a Assembleia projetou é formado por diversos módulos: há programas para gestão de recursos humanos; para gerenciamento de frota; e para gerenciamento da atividade legislativa, por exemplo. Um dos módulos prevê a construção de uma "rede social corporativa" – uma espécie de Facebook e Twitter privativo da Assembleia.

Além de prever um microblog próprio, com mensagens de no máximo 140 caracteres, o módulo terá características de sites como Facebook e Orkut, com perfil do usuário e troca de mensagens. A justificativa publicada no edital afirma que a rede social agregará "ao dia a dia do trabalho do servidor desta Casa facilidades e incentivo na interação social, colaboração, fluência da informação e relacionamento profissional, gerando uma mudança de comportamento, fruto do contato mais intenso e da comunicação facilitada".A rede social corporativa, por si só, tem preço máximo estabelecido em R$ 1 milhão. É um dos dois pontos mais caros do projeto de informatização. Outro que tem o mesmo preço é o "módulo de relatórios e indicadores". O projeto prevê ainda outras ferramentas de comunicação, como um YouTube privativo, sob o nome de "módulo de compartilhamento de vídeos", um ambiente de webchat e possibilidade de postagem de textos via telefone celular.

Agilidade

Para o primeiro-secretário da Assembleia, Plauto Miró Guima­­­rães (DEM), a rede social permitirá agilidade na comunicação de uma maneira segura. "Não é algo que Twitter e Facebook possam oferecer", diz. Segundo ele, a importância do projeto é o aumento da tansparência. "Imprensa, Tribunal de Contas, Ministério Público, todos terão acesso às informações. É o último passo para que a Assem­­­bleia nunca mais volte a ser o que foi", alega o deputado.

O deputado também nega a semelhança com outras "redes sociais". "O módulo de Rede Social Corporativa que a Assembleia está licitando não pode ser confundido com uma plataforma aberta tal como Facebook, Twitter ou outras convencionais do mercado. A ferramenta em questão visa, de forma integrada a todos os demais sistemas administrativos, relatórios, indicadores e processos da casa, permitir a interação tanto interna (servidores e parlamentares) quanto com a sociedade (externa)", diz o deputado em nota enviada ao jornal.

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