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A polícia do Paraná prendeu nesta sexta-feira (23) em flagrante uma assessora do deputado Zeca Dirceu (PT-PR) que sacou R$ 30 mil de uma agência da Caixa Econômica Federal, na cidade de Umuarama (PR), com um falso alvará judicial. Ela foi encaminhada para a Polícia Federal.

Lucy Mary Silvestre Esteves apresentou um documento com assinatura falsa para tentar resgatar o valor de uma suposta ação judicial.

A servidora é lotada na Câmara dos Deputados, mas trabalha no gabinete estadual de Zeca Dirceu. A polícia não viu indícios do envolvimento do deputado no episódio, mas vai investigar se ele tem alguma ligação com a fraude.

Em nota, Zeca Dirceu disse que exonerou a servidora depois do flagrante e não tem conhecimento do episódio. "Lucy Steves, que exercia a função de telefonista há um ano, já foi exonerada. Se a funcionária cometeu ilegalidades, fez fora do escritório e sem o conhecimento da equipe", afirmou o deputado.

Segundo o delegado Rogério Lopes, que investiga o caso, Lucy Esteves procurou o gerente do banco para resgatar o dinheiro com um documento assinado por um juiz do município de Alto Piquiri (PR). O gerente suspeitou da assinatura e marcou o saque para o dia seguinte.

Com o papel em mãos, o funcionário da Caixa entrou em contato com o juiz Márcio Augusto Perroni, que confirmou a fraude ao não reconhecer sua assinatura. O juiz disse, segundo o delegado, que não há nenhuma ação judicial que autorize o pagamento dos R$ 30 mil à servidora. Diante das informações, o gerente acionou a polícia para realizar o flagrante no momento do saque.

Depois que a assessora de Zeca Dirceu deixou a Caixa, ela foi abordada e presa por policiais civis de Umuarama. Lucy Esteves foi flagrada com R$ 5 mil em espécie. O restante do dinheiro foi transferido para a conta-corrente de sua filha, Danielle Silvestre Esteves, e de Carlos Alberto Agostini -ainda não identificado pela Polícia Federal.

Segundo o delegado, a filha da servidora trabalha no fórum de Alto Piquiri e é suspeita de ter forjado o documento para a mãe. As duas foram levadas à sede da Polícia Federal, no município de Guaíra (PR), mas apenas Lucy permanece detida pelo crime de estelionato.

O delegado disse que foi a segunda vez que a servidora sacou dinheiro com um falso alvará supostamente montado pela filha. Os dois casos serão investigados pela Polícia Federal.

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