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Atualizado em 29/06/06 às 19h59

O delegado da Polícia Federal (PF) de Londrina, Gerson Machado, ouviu desde a manhã desta quinta-feira os depoimentos do primo e do assessor do deputado José Janene (PP), Meheidin Hussein Jenani, e a mulher Rosa Alice Valente, que também é funcionária do deputado. As chegadas de Jenani, pela manhã, e de Rosa, à tarde, foram registradas pelas câmeras do ParanáTV. Jenani não quis dar declarações e os advogados pediram que ele não fosse filmado, alegando que ele sofre de claustrofobia e síndrome do pânico.

Jenani e a mulher são acusados de crime de lavagem de dinheiro. O casal teve os bens e contas bloqueadas pela Justiça. No mês passado, policiais apreenderam notas fiscais e extratos bancários na casa de Jenani e no escritório de Janene. Jenani e Rosa foram acusados de possuir patrimônio acima do que foi declarado para a Receita Federal. Eles também são citados pela CPI dos Correios acusados de utilizar dinheiro do esquema conhecido como Mensalão, no valor de R$ 13 milhões.

Em seu depoimento, segundo o delegado Machado, Jenani admitiu ter recebido R$ 300 mil de Janene em 2004, sendo R$ 100 mil de uma empresa do Panamá. A maior parte do dinheiro teria sido utilizada para comprar soja a mando de Janene. "Ele disse que não sabia a origem", afirmou o delegado Machado. Segundo as investigações, Rosa teria movimentado mais de R$ 1 milhão, mas na oitiva desta quinta ela só admitiu ter recebido outros R$ 300 mil de Janene para pagamento das despesas do deputado. Machado vai continuar a ouvir o depoimento de Rosa nesta sexta-feira pela manhã.

O deputado Janene não é citado neste processo de lavagem de dinheiro, mas é acusado de ser um dos principais operadores do Mensalão. Ele teria recebido R$ 4,1 milhões do esquema por meio de saques feitos por um assessor.

Veja como foram os depoimentos na reportagem em vídeo do ParanáTV

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